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Polícia Brasil
Sábado - 04 de Maio de 2013 às 10:22

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Reprodução/ TV Anhanguera
Bala entrou por um lado da cabeça da menina e saiu pelo outro
Bala entrou por um lado da cabeça da menina e saiu pelo outro
Após uma semana internada, a menina de 11 anos que foi baleada ao tentar defender o pai, em Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana da capital, segue em estado gravíssimo. No último dia 27 de abril, data do crime, ela deu entrada no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) e desde então, está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) respirando com a ajuda de aparelhos.


A menina foi atingida por dois disparos, sendo um na perna e outro na cabeça.Segundo os médicos, o tiro atravessou a cabeça da menina, entrando pelo lado direito e saindo pelo esquerdo. A garota foi operada no domingo (28) para a retirada de um coágulo, mas não apresentou sinais de evolução. O neurocirurgião Marcos Spadoni disse que a recuperação é considerada difícil. "Existem chances pequenas, mas elas existem. Menos de 10% de sobrevida".

Foragido
A menina foi ferida no último sábado (27) durante uma briga entre o seu pai e o dono de uma pizzaria, na Vila Alzira. O suspeito teve a prisão temporária decretada na noite de terça-feira (30). Porém, como a polícia não conseguiu encontrá-lo e o comerciante não se entregou até o início da tarde de quarta-feira (1º), ele é considerado foragido.

O crime foi registrado por câmeras do sistema de segurança do estabelecimento e por imagens de celular, feitas por um cinegrafista amador que passava pelo local. O vídeo da pizzaria mostra quando o pai da garota sai do comércio, mas continua na calçada, próximo à entrada do local.

O comerciante, armado, vai em direção à família. As imagens registram a vítima e uma irmã abraçando o pai quando veem a arma apontada para ele. Então, o suspeito atira uma vez. Logo em seguida, os três fogem e o homem efetua mais dois disparos. Dois tiros atingiram a adolescente, um na perna e outro na cabeça. O atirador ainda tenta se aproximar, mas acaba entrando no carro e fugindo.

Revólver
Além de decretar a prisão temporária do comerciante, o juiz Leonardo Fleury determinou a busca e apreensão do revólver usado por ele no crime. O magistrado considera a arma imprescindível para esclarecer o que aconteceu.

Imagens mostram suspeito atirando em mulher que tentava defender o pai, em Aparecida de Goiânia (Foto: Reprodução / TV Anhanguera)Suspeito aponta arma e atinge menina que tentou
defender o pai(Foto: Reprodução / TV Anhanguera)

Segundo o juiz, justificam a custódia temporária do suspeito dois fatores. Um deles é o fato de ele não ter apresentado a arma do crime quando ele se apresentou espontaneamente no 4° Distrito Policial de Aparecida de Goiânia. Outro motivo apontado pelo magistrado é que o comerciante não foi encontrado pela autoridade policial que tentava intimá-lo para prestar novos esclarecimentos.

Na segunda-feira (29), o suspeito se apresentou espontaneamente no 4º DP de Aparecida de Goiânia acompanhado de um advogado. Em depoimento, ele confessou que efetuou os disparos, mas alegou que agiu em legítima defesa. Ele foi ouvido e em seguida liberado. "Ele disse que o pai da vítima fez um movimento como se fosse sacar uma arma da cintura. Pelas filmagens, nós já averiguamos que isso não aconteceu", explicou a delegada que investiga o caso, Marcela Orçai.

Sem se identificar, a irmã da jovem baleada também discordou que tenha havido qualquer tipo de reação e disse que eles pediram apenas que o rapaz não atirasse. "Pedimos para ele abaixar a arma. Ai ele respondeu: "Vocês não vão sair da frente não ?" Nós não saímos, ficamos abraçadas a ele. Quando penso que não, ele pegou e atirou", recorda.

Investigação
A delegada Marcela Orçai informou que já realizou algumas diligências e que alguns comerciantes próximos ao local onde aconteceu o crime já foram intimados a comparecer à delegacia.

Ela explicou por que mesmo confessando o delito, o homem não ficou preso: "Existe uma previsão no Código de Processo Penal em que a apresentação espontânea do suspeito evita o flagrante".

Orçai não crê que a apresentação de forma voluntária seja um indício de que o suspeito queira colaborar com as investigações. "Acho que essa não é a intenção dele, pois a arma do crime ainda não foi apresentada", diz.





Fonte: Do G1 GO

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