Sob algemas, prefeito Leitão e Lino Rossi morrem socialmente

Dois políticos da nova safra e influentes em Mato Grosso e com carreiras meteóricas sucumbiram às algemas e à exposição pública de forma negativa. Nilson Leitão (PSDB) e Lino Rossi (PP) foram vereadores e deputados. Leitão cumpre o seu segundo mandato de prefeito de Sinop (a 500 km de Cuiabá), cidade-pólo do Nortão. Radialista e ex-apresentador do Cadeia Neles, da TV Record, detentor da maior audiência televisiva no Estado, Lino Rossi, que já passou pelo PSDB, está sem mandato desde fevereiro deste ano.

Ao mesmo tempo em que chegaram ao estrelato voando nas asas dos tucanos, não restaram aos dois nem pará-quedas para sustentar o tombo a que foram levados pelo carcomido processo político da exposição fácil, de ganhos excessivos e de convivências perigosas. Leitão e Rossi desenharam carreiras políticas exemplares. Movida pela exposição pública, via TV, o ex-apresentador era ovacionado. Distribuía até autógrafo. Leitão colecionava prêmios por grandes gestões na vida pública.

De Veras a Vedoin - empresários acusados de comandar esquemas de fraudes -, o prefeito e o ex-deputado se viram na condição vil de presos, algemados e fotografados. Pularam das páginas políticas para as policiais. Morreram socialmente. Triste fim na vida pública para quem não respeitou o melhor ensinamento de uma família: "não peguem o que é dos outros".