Enchentes matam mais de 220 na Coréia do Norte
Agências de ajuda estão trabalhando em conjunto com o governo de Pyongyang para reunir suprimentos de emergência para os milhares de atingidos.
Mas os cortes de energia elétrica e estradas obstruídas estão complicando os esforços de resgate e ajuda.
As enchentes dos últimos dias deixaram até 300 mil pessoas desabrigadas e destruíram um décimo das terras cultiváveis da Coréia do Norte, segundo informações divulgadas pelo governo do país na quarta-feira.
Equipes internacionais de ajuda estão avaliando as quatro províncias mais afetadas e afirmam que os danos são grandes.
Sem comunicação
Em apenas um condado, perto da fronteira com a Coréia do Sul, cerca de 4,5 mil casas foram completamente destruídas, afetando 18 mil pessoas, disse Lysholm à BBC.
"É difícil dizer quantas pessoas ainda estão completamente sem abrigo agora, pois linhas de comunicação foram interrompidas", disse.
Equipes da Cruz Vermelha e de outras agências estão tentando entregar mais de 20 mil barracas, kits de cozinha, cobertores e pastilhas para purificação de água para as áreas mais afetadas.
Terje Lysholm afirmou que equipes de avaliação confirmaram números de 221 mortos e 82 desaparecidos nas províncias de Kangwon, Hwanghae do Norte, Pyongan do Sul e Hamgyong do Sul, todas ao sul do país.
Mas acredita-se que o número de mortos possa aumentar. Nas enchentes de 2006, que afetaram uma área menor, pelo menos 500 pessoas morreram, apesar de o número exato de mortos nunca ter sido divulgado pelo governo.
Agências internacionais e governos também estão esperando que as autoridades da Coréia do Norte informem o que é necessário em termos de envio de alimentos para o país.
Segundo Michael Dunford, do Programa de Alimentação da ONU em Pyongyang, a agência já dispõe de estoques de alimentos no país para uso em emergências e está apenas aguardando o governo norte-coreano concluir suas avaliações para enviá-los.
A Coréia do Sul, importante país doador para o vizinho pobre, já ofereceu assistência humanitária.
Japão e Estados Unidos estariam analisando que tipo de ajuda poderiam enviar.
Pyongyang fez um raro pedido por ajuda internacional depois de anunciar na segunda-feira que as tempestades que atingem o país desde o dia 7 de agosto causaram "enormes danos humanos e materiais".
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