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Economia
Terça - 07 de Agosto de 2007 às 07:20
Por: Valéria Cristina

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Depois de três meses consecutivos com números positivos nas exportações, Mato Grosso volta a ter queda nas vendas externas, registrando em julho volume 16,8% menor que o verificado no mesmo período do ano passado. No sétimo mês de 2006, os embarques somaram US$ 476,2 milhões, enquanto que o valor atingido em igual período de 2007 foi de US$ 415,3 milhões. A discrepância entre os índices anteriores é grande. Em junho, o aumento das exportações foi de 64,9%. Antes disso, em maio, o incremento em comparação a período igual de 2006 foi de 37%, e em abril de 21,3%. Mas no acumulado do ano, o Estado mantém resultado positivo. Nos primeiros sete meses deste ano, o desempenho das exportações foi melhor 8,8% que no ano passado.

Para o consultor da Imex Trading, Milton Nanni, essa queda das exportações mato-grossenses em julho só pode significar o final da realização das operações de venda. Ele acredita que este ano houve entrega mais antecipada dos produtos. Isso pode ter acontecido pelo medo e as incertezas do mercado. "Houve uma aceleração no fechamento das vendas talvez porque o produtor tenha tentado evitar um terceiro ano de prejuízo". Nanni explica que como os dois últimos anos foram de crise na agricultura, os produtores devem ter aproveitado o preço internacional bom da soja para negociar mais cedo.

"Nesse ramo tentamos trabalhar com bola de cristal, mas é tudo muito complicado". Conforme o consultor, aliado à antecipação das vendas para garantir uma situação favorável também está o fato de Mato Grosso não ter silos suficientes para grandes armazenamentos. Além disso, os produtores estão focados na próxima safra. Nanni lembra que foi feita renegociação das dívidas, houve queda nos juros, e apesar de nada ter sido nas proporções que os produtores desejavam, o setor tomou um certo fôlego e já começa as compras de fertilizantes e insumos para o próximo plantio.

Ele avalia que a safra que vem deve ter um pequeno aumento na área plantada de soja. Esse incremento, porém, não será real, mas apenas uma recuperação do que havia antes da crise, em 2004. O aumento da área será porque se vislumbra uma melhora no mercado pela previsão de os Estados Unidos passarem a se concentrar mais na produção de milho para etanol.





Fonte: Gazeta Digital

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