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Policia MT
Domingo - 28 de Abril de 2013 às 07:18
Por: ALECY ALVES

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Imagens serão apresentadas a pelo menos 2 mil militares que atuam no Mato Grosso
Imagens serão apresentadas a pelo menos 2 mil militares que atuam no Mato Grosso
Policiais militares expulsos da corporação e condenados pela Justiça pela prática de crimes estão sendo usados como “exemplo” em uma campanha da Corregedoria da PMMT contra o desvio de conduta na tropa. 

 
 
Em um vídeo institucional produzido como forma de alerta, ex-policiais como o cabo Rodolfo Santa Filho, “Conan”, e o ex-capitão Gilmar Alves de Sena, aparecem relatando os dramas profissionais e familiares que viveram com as acusações, prisão e posterior exclusão do quadro da corporação. 

 
 
“Conan”, condenado há 13 anos por matar Jaciel Monteiro Lopes, 19 anos, dentro da viatura da polícia, em fevereiro de 2006, relata que pensou até em suicídio enquanto estava preso. Ao deixar a cadeia, depois de três anos em regime fechado, confessa, que teve medo até de sair de casa. 

 
 
“Policial não tem que inventar mais nada, precisa ser legalista, cumprir a lei”, ensina. Sobre a vida depois de perder a farda, ele diz: “Deixei o personagem e voltei a ser apenas o Rodolfo”, numa referência ao apelido “Conan”, derivado de é um bárbaro impiedoso, vivido por Arnold Schwarzenegger nas telas do cinema. 

 
 
Além de ser preso e condenado, lamenta, teve perdas ainda maiores. Durante o depoimento, “Conan” se emociona quando diz que não acompanhou a vida da filha dos 11 aos 15 anos porque nesse período estava preso. 

 
 
Já o ex-capitão Gilmar Sena, condenado e expulso da PMMT por crime de tortura contra dois adolescentes acusados de roubos, em Várzea Grande, em novembro de 2004, não conteve as lágrimas ao relatar o que aconteceu com ele. 

 
 
“Minha paixão era ser PM, usar a farda”, relata. Nada, porém, lhe causou maior sofrimento quando, depois de expulso, o filho o perguntou por qual motivo ele não ia mais ao quartel. Sem saber o que responder, preferiu dizer ao filho que estava de férias. 

 
 
Na patente de capitão, conta, tinha um salário de R$ 10 mil, casa própria e carros. Depois, mesmo com curso superior e especialização, não conseguiu nenhum emprego fixo. Desempregado e vendo todas as portas se fechando para ele, trabalhou até como auxiliar e pedreiro. 

 
 
“Não entregue seus sonhos – a sociedade precisa de você”, é o nome da campanha em que esses policiais aparecem. Lançado esta semana em Cuiabá, o documentário, o primeiro do gênero, está sendo apresentado nos quartéis e deve ser assistido por pelo menos 2 mil dos 6 mil PMs mato-grossense. 

 
 
A PM está focando na importância da família, na tentativa de fazer com que antes de cometer um desvio, o policial pense no sofrimento que pode causar à mulher, filho, pais, e nas perdas que ele próprio sofreria. 

 
 
No vídeo, um ator, que representa um policial fardado que cometeu um erro e foi expulso, aparece sozinho em casa, chorando a ausência da mulher e filhos. 

 
 
Ao contrário do vídeo institucional, nas histórias reais relatadas por pelo cabo “Conan” e o ex-capitão, as esposas são apresentadas como guerreiras por permaneceram ao lado deles. 

 
 
A mulher do cabo fez um depoimento no qual diz que chegou a ficar doente por causa da prisão do marido, mas mesmo assim o visitava regularmente no presídio para que ele não se sentisse sozinho. 





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