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Internacional
Quarta - 25 de Julho de 2007 às 16:03

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O presidente da Moldávia, Vladimir Voronin, pediu hoje a saída das tropas russas da região separatista moldávia da Transnístria e criticou a decisão de Moscou de abandonar o Tratado de Forças e Armas Convencionais na Europa (FACE).

"As tropas russas devem abandonar a Transnístria independentemente da regra desse conflito. São dois processos diferentes, que devem ser conduzidos de maneira paralela, sem vinculação", disse Voronin em entrevista coletiva, citado pela agência russa "Interfax".

Voronin considera que a saída das tropas russas deveria ser feita antes da solução do conflito entre Moldávia e Transnístria, região que rompeu os laços com Chisinau após uma guerra civil (1992-1993), contando com a ajuda russa.

Além disso, Voronin disse que a Moldávia não quer "substituir umas tropas por outras", pois na Transnístria devem "só permanecer observadores civis, mas não forças militares de intermediação".

O líder da Transnístria, Igor Smirnov, pediu recentemente a Moscou que aumente seu contingente de paz na região separatista moldávia e descartou o revezamento destas tropas russas por uma força multinacional.

Segundo Moscou, seu contingente militar na Transnístria é integrada por 1.350 soldados (outras fontes falam de 2.000), dos quais 350 formam a força de paz, enquanto o resto custodia as toneladas de armas e munição da época soviética que permanecem na região.

Por outra parte, o líder moldávio manifestou sua "decepção" pela decisão russa de suspender a aplicação do FACE, o que "pode influir negativamente na hora de encontrar uma solução para o conflito".

Embora a Rússia tenha ratificado esse convênio, nunca chegou a cumprir exigências, já que mantém tropas e forças de pacificação na Transnístria.

Voronin também defendeu a retomada das conversas no formado 5+2 (Moldávia; Transnístria; Organização de Segurança e Cooperação na Europa; Rússia; Ucrânia; União Européia e Estados Unidos).

As autoridades da Transnístria abandonaram em março de 2006 as atuais negociações para a solução do conflito devido ao "bloqueio econômico" ao que, segundo denunciam, são submetidos por Moldávia e Ucrânia.

A Moldávia também acusa o Kremlin de tentar transformar esse território rebelde em um protetorado para resistir a ampliação da Otan perto de suas fronteiras.





Fonte: EFE

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