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Nacional
Quarta - 25 de Julho de 2007 às 07:45

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São Paulo - As greves em instituições públicas federais, com quase 91 mil servidores de braços cruzados, continuam prejudicando o atendimento ao público em diferentes áreas - da saúde à cultura. A mais longa delas, no Ministério da Cultura, chega hoje ao 72º dia. A pior situação é a dos hospitais-escola das universidades públicas federais: com a paralisação dos funcionários da área técnica e administrativa, que estão de braços cruzados há 59 dias, o atendimento foi reduzido aos casos mais graves. Consultas e pedidos de exames laboratoriais têm sido adiados.

No Ministério do Desenvolvimento Agrário, o chefe da pasta, Guilherme Cassel, informa que a paralisação dos funcionários do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), iniciada há 66 dias, prejudica até distribuição de cestas básicas. Para obrigar os funcionários a retornarem ao trabalho, a presidência do Incra deu até ontem à tarde para as superintendências regionais apresentarem os nomes dos grevistas, para cortá-los da folha de pagamento. Se a lista de uma superintendência não fosse enviada, todos os funcionários que atuam nela ficariam sem o salário. No mês passado, o Incra tinha retirado apenas 621 nomes da folha. A ordem agora é para incluir todos os grevistas, cujo número gira em torno de 5 mil.

Na primeira metade deste mês, a presidência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) conseguiu pôr um ponto final na greve de seus funcionários depois que eles receberam o contracheque com o corte de 17 dias não-trabalhados.

No Ministério da Cultura também circulam ordens para o corte do ponto - e do pagamento. Mas não são todas as instituições que seguem a regra. Segundo estimativas da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra), cerca de 84 mil funcionários estão em greve. Eles continuam recebendo porque os reitores, que deveriam determinar o corte, consideram justas as reivindicações por melhores salários e condições de trabalho. Hoje os funcionários das universidades devem realizar uma manifestação em Brasília.




Fonte: AE

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