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Nacional
Sábado - 21 de Julho de 2007 às 17:31

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SÃO PAULO - O Corpo de Bombeiros não vêem mais possibilidade de encontrar corpos nos escombros do edifício da TAM Express, com o qual o avião que fazia o vôo 3054, na terça-feira, se chocou. "Não vemos a possibilidade de encontrar mais corpos, mas os trabalhos continuam", afirmou Manuel Antonio Araujo, coronel do Corpo de Bombeiros, neste sábado, 21. Até a tarde deste sábado, 217 sacolas com corpos ou fragmentos de corpos haviam sido retiradas do local do acidente.

Pela tarde, o grupo de bombeiros que trabalhava na área mudou de estratégia e começou a retirar parte das estruturas nos fundos do prédio, enquanto um caminhão jogava água na laje na parte da frente. "Ainda temos dificuldade no trabalho, porque o espaço que restou é muito pequeno e os bombeiros têm que rastejar", contou o comandante.

Araujo explicou que primeiro a equipe perfura a laje e depois começar a rastejar no vão iluminando a área para ver se consegue varrer todo o espaço. "Mas tudo indica que essa parte é um salão vazio", afirmou. O trabalho dos bombeiros começou logo após o choque do avião com o prédio.

No primeiro dia, cerca de 230 homens atuavam ao mesmo tempo para apagar as chamas e retirar as vítimas com a ajuda de 77 viaturas. Agora, a média era de 60 bombeiros por dia e 15 viaturas de plantão. "Nosso trabalho só chegará ao fim quando nós vasculharmos todo o segundo prédio e remover o entulho", declarou o comandante. Ele estimou que serão necessários, pelo menos, mais três dias para concluir o trabalho.

Neste sábado, os bombeiros contaram com a ajuda de três cãs farejadoras - Dora, Dara e Anny - que logo após encontrar pequenos fragmentos humanos foram dispensadas, mas que devem retornar ao local do acidente no domingo, 22. "Enquanto nós estivermos retirando os escombros, vamos utilizar os cães", garantiu Araujo.

Em entrevista concedida durante a tarde, o comandante do Corpo de Bombeiros informou que as lajes já estão bem mais frias (em aproximadamente 60 graus),o que facilita o trabalho dos cães. Araujo contou que toda a parte inferior do prédio já foi vistoriada e agora falta retirar alguns pertences da empresa que restaram. Contudo, ele alertou que há risco de desabamento. "Como não tem nada embaixo será um trabalho de demolição."





Fonte: Estadão

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