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Nacional
Sexta - 20 de Julho de 2007 às 10:27

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O aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo) operou por instrumentos para pousos das 6h às 9h28 desta sexta-feira, devido à neblina. Neste período, embora quase todos os pilotos tivessem à sua disposição os equipamentos necessários para aterrissar no terminal, nenhum o fez. Às 9h30, o pátio do aeroporto mais movimentado do país ficou vazio.

Na noite de terça-feira (17), Congonhas foi cenário do acidente com o vôo 3054 da TAM, o maior da história aeronáutica do país.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Infraero (estatal que administra os aeroportos do país) confirmou que, no intervalo em que Congonhas operou por instrumentos, pousar ou não no aeroporto ficou "a critério dos pilotos" e que nenhum optou por ele. A maioria foi para o aeroporto de Guarulhos (Grande São Paulo).

Para a Infraero, a visibilidade em Congonhas começou a se normalizar às 9h29. Só quase 20 minutos depois é que ocorreu o primeiro pouso do dia. Era o vôo 3048 da TAM saído de Porto Alegre (RS).

Das 6h às 9h desta sexta, ao menos 12 pousos que deveriam ter ocorrido em Congonhas foram cancelados. Outros 21 sofreram atrasos de mais de uma hora. O balanço divulgado pela Infraero, que considera apenas as decolagens, registrava 30 cancelamentos e oito atrasos superiores a uma hora.

O diretor de Segurança de Vôo do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Carlos Gilberto Camacho, negou à Folha Online que os pilotos tenham agido sob orientação ou de forma organizada.

Transferências

A BRA e a Oceanair transferiram seus vôos do aeroporto de Congonhas para o de Guarulhos (Grande São Paulo) na quarta-feira (18), um dia após o acidente com o vôo 3054 da TAM, em Congonhas. Os vôos devem permanecer trocados até domingo (22). Os passageiros que chegam a Congonhas esperando embarcar são levados gratuitamente, de ônibus, para o aeroporto de Guarulhos.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Oceanair afirmou na manhã desta sexta que todos os vôos desviados são realizados em aeronaves MK-28, o maior modelo da frota; e que os vôos feitos com aviões modelos Brasília e Fokker-50 permanecem em Congonhas. No total, por dia, a empresa tem desviado 30 vôos para Guarulhos.

O aeroporto de Congonhas opera apenas com sua pista auxiliar desde o acidente, e a pista auxiliar é mais curta que a principal.

Embora admita que a decisão de desviar os vôos esteja baseada em um critério de tamanho da aeronave, a Oceanair se recusa a tratar a medida como uma questão de segurança --diz apenas que a decisão foi considerada "conveniente" pelo sistema de operações da empresa.

O número de vôos desviados pela BRA não foi informado.




Fonte: Folha Online

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