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Polícia Brasil
Quarta - 18 de Julho de 2007 às 08:54
Por: Alexandre Mota

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Após 20 horas terminou na madrugada de ontem, no plenário da Câmara de Vereadores de Poconé (109 km de Cuiabá), o julgamento de quatro acusados de participar da morte do policial civil Joaquim da Costa Magalhães, 60. A soma total das condenações dos três chega a 45 anos de prisão.

O agente estava de plantão na cadeia pública da cidade, na noite de 6 de agosto de 2005, quando foi assassinado a tiros por bandidos armados com fuzis e metralhadoras, que invadiram o prédio, onde funciona também a Delegacia Municipal, e resgataram cinco detentos. Todos foram recapturados pela polícia que prendeu também os responsáveis pelo resgate.

As sentenças dos quatro réus foram anunciadas, por volta das 4h40, pelo juiz Edson Dias Reis que presidiu o Júri Popular. A maior pena foi imposta a Wilson Leonardo Ribeiro de Oliveira, o "Léozinho", integrante da quadrilha que invadiu a unidade prisional. Ele foi condenado a 24 anos de reclusão, 11 a mais que o latrocida Robson José Pereira de Araújo, apontado como o principal alvo da operação de resgate que teria sido financiada pelo tio dele, o traficante Valdelício Acácio Rodrigues, na época, preso na Penitenciária de Bangu 4, no Rio de Janeiro.

Além de Robson e Wilson, a Justiça condenou a oito anos de reclusão Sonaks Marques dos Santos, um dos cinco detentos resgatados na cadeia pública de Poconé. A surpresa no julgamento, que foi cercado por um rigoroso esquema de segurança na cidade, ficou por conta da absolvição de Maurício de Souza Costa. O Júri Popular considerou que ele não participou da morte do agente, nem do roubo de armas da Delegacia Municipal. Na opinião dos jurados, o ex-detento apenas aproveitou o tumulto causado na hora da invasão para escapar também da prisão.

No dia 29 de junho passado, foram julgados outros três envolvidos no assassinato do policial civil. O julgamento também foi longo, demorou mais de 19 horas. No final, a Justiça condenou Paulo Alexandre Soares, o "Peá", e Evandro Marques da Penha Amorim, o "Ceará", a 24 e 25 anos de reclusão, respectivamente. Os dois foram considerados culpados pela morte do agente. Já o ex-soldado da Polícia Militar Alessandro Neves da Silva, o "Cabelo", foi condenado a cinco anos de prisão, em regime semi-aberto. O ex-PM teria planejado o resgate de dentro do Presídio Pascoal Ramos.





Fonte: Gazeta Digital

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