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Sexta - 13 de Julho de 2007 às 23:22

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O presidente Lula foi ao Maracanã, acabou vaiado todas as vezes em que apareceu no telão ou foi anunciado. E ainda não cumpriu sua parte no protocolo: fazer o pronunciamento de abertura dos Jogos Pan-Americanos, nesta sexta-feira à noite.

Com o microfone na mão na tribuna de honra do estádio carioca e anunciado pelo presidente da Odepa, o mexicano Mario Vasquez Raña, o mandatário brasileiro foi substituído no papel por Carlos Arthur Nuzman, o presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro).

Foi uma quebra protocolar do Pan, afinal, desde o primeiro Pan, Buenos Aires-1951, os chefes de Estado são os responsáveis pelo anúncio, desde o argentino Juan Domingo Perón, passando pelo cubano Fidel Castro em Havana-1991 e o norte-americano George Bush em Indianápolis-1987 (era vice de Ronald Reagan).

O presidente Lula foi vaiado, a delegação dos EUA também e sobrou também para bolivianos e venezuelanos. O animado público do Maracanã na festa de abertura do Pan, que dançou e ergueu os braços nos números musicais, soube também não ser nada diplomático.

Lula foi vaiado quando entrou no estádio, quando foi anunciado, quando foi cumprimentado por Carlos Arthur Nuzman (presidente do COB) e Vasquez Raña.

A cerimônia começou atrasada em meia-hora. Estava marcada para as 17h30, mas iniciou às 18h. Pelo trânsito em volta do Maracanã, muitas delegações chegaram em cima da hora para a celebração.

Apesar da confirmação do comitê organizador, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, não veio para o Rio. Vieram sim os mandatários de Canadá, Panamá, Honduras, Antígua e Barbuda, Aruba e Antilhas Holandesas.

Se, nos desfiles das delegações, sobrou vaias para os EUA, a Venezuela e a Bolívia, a Argentina foi poupada. E os aplausos foram para os campeões em simpatia Cuba, Jamaica e México. Os mais animados pareciam os membros das Antilhas Holandesas, pulando o tempo todo.

Com um fundo musical de chorinhos, o desfile dos atletas durou 50 minutos. Começou com os argentinos, obedeceu a ordem alfabética, mas encerrou com os anfitriões.

A música parou e recomeçou acelerada para o grand finale do desfile brasileiro. O maratonista Wanderlei Cordeiro de Lima entrou pulando portando a bandeira nacional. O público respondeu cantando em coro: "Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor". Alguns voluntários pulavam na frente da delegação, mas foram afugentados pelo chefe da delegação brasileira, Marcus Vinicius Freire.

A parte musical teve um desfile da chamada "nova MPB", com Arnaldo Antunes (autor da canção-tema do Pan), Chico César e Adriana Calcanhoto, Cordel do Fogo Encantado e Daniela Mercury. Já a veterana Elsa Soares ficou com a incumbência de cantar o hino brasileiro em versão personalizada. O playback imperou na cerimônia, mesmo na parte em que a batucada da Beija Flor participou, encobrindo o som ao vivo.

No segmento artístico, ao som de músicas clássicas, as apresentações mostraram a floresta (peças de Vila Lobos) com um carro alegórico em forma de jacaré dando a volta no Maracanã. Depois veio um trecho que representou o mar, com bailarinos simulando as ondas e dois barcos, o tema foi a carioquíssima bossa nova, Tom Jobim e Vinicius de Morais. Entraram dançarinos como fantasiados de banhistas e outros segurando bandeiras com o desenho do calçadão de orla.

O momento de descanso veio com a gaúcha Adriana Calcanhoto cantando músicas de ninar, sentanda com violão em uma carro alegórico em forma de cadeira. Na seqüência, veio a parte nordestina com bonecos de Olinda, maracatu e o grupo Cordel do Fogo Encantado.

Ao final, veio discurso de Carlos Arthur Nuzman (presidente do COB) defendendo a realização das Olimpíadas no Brasil, em um discurso longo em três idiomas.




Fonte: 24 Horas News

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