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Internacional
Sexta - 13 de Julho de 2007 às 19:55

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WASHINGTON - Dois senadores republicanos apresentaram nesta sexta-feira, 13, um projeto de lei para obrigar o presidente George W. Bush a criar, até 16 de outubro, um novo plano de emergência para o Iraque, reduzindo substancialmente o número de tropas americanas no país a partir do fim do ano. Apresentado por John Warner e Richard Lugar, o projeto é uma das maiores pressões sofridas por Bush dentro de seu próprio partido.

"A estratégia militar e diplomática dos EUA precisa ser ajustada à realidade de que o conflito sectário não deve diminuir no curto prazo", afirmam Warner e Lugar na proposta. O projeto prevê ainda que o presidente peça outra autorização do Congresso para a guerra, já que a que está em vigor foi aprovada em 2002, no contexto da derrubada de Saddam Hussein.

De acordo com os senadores, Bush precisa de um plano para manter as tropas americanas "longe do conflito civil e da violência sectária" e concentradas na proteção das fronteiras iraquianas e no combate aos terroristas. O projeto de lei será discutido no Senado na semana que vem, quando outras propostas relativas à guerra no Iraque também serão votadas.

Na quinta-feira, Bush pediu ao Congresso que esperasse até setembro para demandar mudanças na política para a guerra. Nesse mês, o comandante das tropas dos EUA no Iraque, general David Petraeus, e o embaixador americano em Bagdá, Ryan Cocker, apresentarão um relatório sobre os progressos no país do Golfo.

Uma versão preliminar do texto, divulgada quinta-feira, conclui que o governo iraquiano teve um avanço satisfatório em 8 das 18 metas políticas e de segurança fixadas por Washington.

Críticas

Os políticos iraquianos reagiram de modo distinto ao documento. Pessimista, o chanceler Hoshyar Zebari acredita que o calendário político imposto por Washington é contraproducente. "Algumas das dificuldades que enfrentamos ocorrem justamente porque somos reféns dessas metas (dos EUA)", disse Zebari ao Washington Post.

Já o porta-voz do governo iraquiano, Ali al-Dabbagh, disse que o relatório mostra que o país está seguindo uma "direção positiva". "As forças de segurança iraquianas avançaram ao ponto de poderem liderar ações contra terroristas e rebeldes", disse.

Mas os EUA informaram que o número de batalhões iraquianos treinados para lutar por conta própria caiu de dez para seis. "À medida que as unidades entram em ação, há baixas e perda de veículos e equipamentos", assinalou o Pentágono.




Fonte: Agências Internacionais

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