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Politica Brasil
Quinta - 12 de Julho de 2007 às 15:07

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O deputado federal Wellington Fagundes (PR-MT) defendeu hoje (12.07), em pronunciamento na Câmara o aumento na produção de biodiesel lembrando que o Brasil dispõe de cerca de 700 milhões de hectares de terras agricultáveis, que podem atender à demanda da produção de alimentos e de biomassa para destinação energética. Só em Mato Grosso, o potencial de terras para esses dois tipos de cultivo agrícola pode elevar a produção de biodiesel no País.

A produção seria anda beneficiada pela grande oferta de água e luz natural durante todo o ano. Segundo o parlamentar, o biodiesel é hoje um dos assuntos de maior interesse da atualidade, tanto no cenário nacional, como no internacional. O interesse aumentou ainda mais depois da visita do Presidente Bush ao Brasil para tratar exclusivamente do estreitamento da parceria conosco nessa área. O interesse mundial pode ser medido também pelas comentários, cada vez mais assíduos na mídia, que projetam, a médio prazo, a criação de uma Opep da energia renovável.

O debate sobre o assunto atingiu temperaturas elevadas quando começou a se aventar a hipótese de que o biodiesel substituiria o cultivo de alimentos nas principais regiões produtoras do mundo. Informações essas prontamente rechaçadas pelos especialistas do setor, inclusive pelo professor Bautista Vidal, um dos formuladores do Pró-Álcool e um dos maiores entusiastas do uso da biomassa como combustível.

Para que o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel alavanque em definitivo o Brasil para o patamar dos países desenvolvidos é preciso que os governos Federal e os estaduais incrementem cada vez mais os mecanismos de fomento à agricultura nacional, defende o parlamentar.

Para isso, ele acredita que as autoridades monetárias devem estancar a queda livre do dólar. A cotação da moeda americana, se excessivamente baixa, como está agora, fere de morte as exportações, sobretudo de produtos agropecuários. Sem a retomada desse controle pelo Banco Central, milhares de produtores rurais de todo o País, notadamente os de Mato Grosso, sofrerão prejuízos irreparáveis em suas atividades, com graves conseqüências para os demais setores econômicos.

A agropecuária, na última década, vem se constituindo no motor que movimenta toda a roda da economia. A queda brusca dos níveis de exportação comprometerá seriamente o crescimento do PIB imaginado para o presente ano.

Outro ponto fundamental para a implantação em definitivo do programa do biodiesel está na urgente definição do zoneamento agroeconômico e ecológico para as diversas culturas nas regiões produtoras do País. Isso inclui a alocação de futuras linhas de crédito diferenciadas para os agricultores de toda a cadeia produtiva da energia vegetal, o que compreende a agricultura familiar, a micro, a média e a grandes empresa rural.

Também integra esse crescente processo de importância da biomassa, a dinamização do Ibama, que deve entendido dentro da ótica moderna como agente co-participante do esforço de desenvolvimento nacional, que compatibiliza a preservação dos recursos naturais com o progresso sustentado e o atendimento das necessidades humanas.

O objetivo do programa do biodiesel, segundo o deputado, é implementar de forma sustentável a produção e o uso dessa importante matriz energética do futuro próximo, com enfoque na inclusão social e no desenvolvimento regional, por meio da geração de emprego e renda. Outro ponto importante é a previsão de uso de matérias-primas locais e o estímulo à instalação de usinas de produção de óleo, em parceria com governos estaduais e municipais.

Bem administrado, o Biodiesel e as demais formas de energia oriundas dos vegetais colocarão o Brasil na dianteira da Civilização da Energia Renovável, que se aproxima velozmente diante de nós.





Fonte: 24 Horas News

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