Sem consenso, Câmara adia novamente votação da reforma política
Ainda não há consenso se o primeiro item da pauta será fidelidade partidária ou financiamento público de campanha.
"Eu tenho esperança que seja possível votar financiamento público de campanha. Estamos trabalhando para isso e o número daqueles que apóiam a proposta está aumentando", afirmou o relator da proposta da reforma, Ronaldo Caiado (DEM-GO).
A sessão desta quarta-feira foi suspensa depois de sucessivas obstruções promovidas pelo deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP). "O que querem fazer logo mais é uma sessão fantasma", disse o petebista, referindo-se com ironia ao esforço do presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), de colocar o assunto em votação.
Para um grupo de deputados, o único item consensual é o que trata de fidelidade partidária. A medida determina que o parlamentar deve se manter no mesmo partido por no mínimo três anos e o prazo para ele se desfiliar é um mês antes das convenções. Se ele desobedecer a regra, fica quatro anos inelegível.
Já outros deputados defendem que o ideal é tentar aprovar ainda hoje o item que trata de financiamento público e privado de campanha. Pelas propostas em discussão, o financiamento público seria destinado aos majoritários (presidente, governadores e prefeitos) e o privado aos candidatos ao Legislativo (deputados e vereadores).
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