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Internacional
Terça - 10 de Julho de 2007 às 18:15

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As grandes ruas da capital chinesa estão livres há semanas de anúncios de produtos de luxo, em uma campanha de "limpeza" publicitária do governo. O objetivo seria frear o aumento das desigualdades sociais no país oriental antes dos Jogos Olímpicos de 2008.

Os grandes outdoors das avenidas de Pequim, geralmente ocupados por propagandas de condomínios de luxo como o "Castelo de Edimburgo", estão vazios agora. Na Wangfujing, uma importante avenida comercial, a publicidade de uma marca esportiva foi a única que resistiu à expurgação publicitária iniciada em maio pelo prefeito de Pequim, Wang Qishan.

As autoridades chinesas acusam essas propagandas de incitar e agravar a desigualdade entre ricos e pobres. Há o temor de que isso possa levar a um aumento de tensões sociais que prejudique as Olimpíadas programadas para agosto de 2008.

"Muitos utilizam esses termos exagerados que estimulam o luxo e o ócio, inacessíveis para os cidadãos com baixos salários e que têm uma má influência no harmonioso clima da capital", justificou o prefeito.

O Departamento de Pequim para a Administração da Indústria e Comércio, responsável pela aplicação das novas regras, explicou que "o conteúdo de certos anúncios publicitários não corresponde às demandas da civilização socialista" e não está "de acordo com o espírito comunista".

"Aos olhos do governo, a cidade estava contaminada pelos anúncios", afirmou o diretor de uma empresa ocidental de publicidade, que pediu para não ser identificado, lembrando que, afinal, a China ainda é oficialmente um país comunista.

"Os Jogos Olímpicos de Pequim serão, porém, os mais comerciais da história. Esse evento esportivo contará com mais de 50 sócios comerciais, mais do que o dobro dos existentes em qualquer outra ocasião. Será vendido absolutamente de tudo", completou a mesma fonte.




Fonte: France Presse

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