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Nacional
Segunda - 02 de Julho de 2007 às 20:00

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O presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, revela que se o governo se empenhasse em executar um novo plano aeroviário nacional, reunindo o planejamento da Infraero, Anac e Aeronáutica conseguiria soluções duradouras para a crise aérea dentro de dois anos. O problema, segundo ele, é que desde o início da crise o governo "não fez nada em relação a isso".

"A Infraero tem dezenas de planos diretores para os aeroportos. A Aeronáutica tem um planejamento monstruoso de controle de tráfego. A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) também tem planos, apesar de em menor grau. Ou seja, o que não falta é planejamento. O problema é que desde que a crise começou ninguém fez nada para união desses esforços", comenta.

O plano consistiria em uma série de mudanças, que segundo Pereira, poderiam ser implantadas durante a construção do novo projeto. Uma das sugestões da Infraero é o aumento do espaçamento das aeronaves nos horários de pico. "Podemos estender o horário de pico por umas duas horas. A Anac tem uma certa resistência a isso, mas já ajudaria a desafogar os aeroportos centrais como Brasília e São Paulo", recomenda.

Ele fala ainda da possibilidade de transferir o controle de algumas torres de comando para os controladores que pertencem ao quadro funcional da Infraero. "Isso também daria uma maior disponibilidade de pessoal para a Aeronáutica, já que há carência de controladores e a formação não é tão rápida assim", explica.

"Eu estou sugerindo isso ao governo há um bom tempo. O brigadeiro Juniti Saito (comandante da Aeronáutica) está alinhado a esse pensamento também. Temos que fazer um novo plano e ir colocando em prática o que já for consenso", acrescenta Pereira.

O presidente da Anac, Milton Zuanazzi, diz que a agência está fazendo sua parte para tentar solucionar a crise, mas que os controladores não são de sua responsabilidade e eles são o principal entrave nesse momento. "O que nós podíamos fazer estamos fazendo. Não estamos mais distribuindo horários de vôo nos aeroportos saturados. Estamos melhorando a comunicação com os passageiros, processando com mais velocidade as reclamações. Mas tem coisas que não estão a nosso alcance", resume Zuanazzi.





Fonte: Terra

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