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Internacional
Segunda - 02 de Julho de 2007 às 19:24

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A polícia britânica deteve nesta segunda-feira mais um suspeito de conexão com terrorismo, após a prisão de sete supostos membros de uma célula acusada de lançar um jipe em chamas contra o aeroporto de Glasgow, na Escócia, no sábado (30), e deixar dois carros-bomba em Londres na sexta-feira. O novo suspeito, que foi identificado apenas pela inicial "H", foi preso fora do Reino Unido, segundo a mídia britânica.

Oficiais afirmaram apenas que a prisão se deu em "um local não especificado" e não confirmaram que o detido foi encontrado fora do Reino Unido.

Anteriormente, a polícia havia detido outro homem no aeroporto de Stansted, em Londres, em conexão com um pacote suspeito encontrado em um terminal.

O alerta devido ao pacote levou ao fechamento do aeroporto por uma hora. Depois de examinarem o artefato, no entanto, as autoridades concluíram que ele não representava ameaças e o aeroporto foi reaberto.

Autoridades do Departamento de Contraterrorismo afirmaram nesta segunda-feira que o grupo terrorista responsável pelos ataques incluiria ao menos oito integrantes, que seriam liderados por um homem identificado como "Mr. Big". Cinco pessoas foram detidas no final de semana. Entre eles, estariam dois médicos --um do Iraque e outro da Jordânia-- que trabalhavam em hospitais britânicos.

A prisão de outros dois suspeitos foi anunciada pela polícia na manhã desta segunda-feira.

A polícia se recusou a revelar as identidades dos detidos. Segundo jornais britânicos, eles também seriam médicos --um deles um iraniano que trabalharia no Hospital North Staffordshire, no centro da Inglaterra. O porta-voz do hospital recusou-se a comentar o caso.

No sábado (30), o motorista do jipe em chamas lançado contra o aeroporto de Glasgow e seu acompanhante foram presos. Ambos sobreviveram, mas o motorista sofreu queimaduras.

Um porta-voz policial afirmou que dois suspeitos foram levados para Londres para questionamento.

Negativa

Na Jordânia, a família de Mohammed Jamil Abdelqader Asha, um dos médicos detidos como suspeito pelos atentados, negou hoje que ele tenha conexões com grupos terroristas.

Segundo o irmão de Asha, Ahmed, ele foi para o Reino Unido como neurocirurgião, é casado e tem um filho de dois anos. A mulher do médico também foi detida. Asha era um dos melhores neurocirurgiões do país, segundo sua família.

Segundo Ahmed, Asha "não é um extremista muçulmano, não é um fanático". "Eu não acredito nisso", disse. "É uma bobagem, porque Asha não tem ligações com terroristas."

A família afirmou à rede de TV americana CNN que está muito preocupada porque não sabe quem está cuidado do filho de Asha depois que ele e sua mulher foram presos.

Explosões controladas

A rede de TV americana CNN afirmou nesta segunda-feira que um esquadrão antibombas foi chamado para um hospital em Glasgow e realizou explosões controladas de dois artefatos suspeitos. O local é o mesmo onde um dos acusados de tentar cometer o atentado no aeroporto de Glasgow neste sábado (30) está recebendo tratamento.

O Hospital Royal Alexandra continuou com funcionamento normal, segundo as autoridades locais, e as explosões não representaram risco para o público e o hospital.

De acordo com a agência Efe, oficiais realizaram outra explosão controlada em um veículo suspeito estacionado no mesmo hospital neste domingo.

Segurança

Veículos foram proibidos de se aproximar diretamente de aeroportos, e medidas de segurança foram intensificadas, enquanto autoridades mantém o nível de ameaça terrorista como "crítico", o que significa que é iminente a possibilidade de um novo atentado.

Reprodução: CNN

Carro em chamas atinge terminal do aeroporto de Glasgow, na região sul da Escócia Os atentados são um teste para o novo premie britânico, Gordon Brown, que na semana passada substituiu Tony Blair.

Brown disse acreditar que os novo ataques foram feitos por terroristas ligados à Al Qaeda.

A nova ministra do Interior, Jacqui Smith, afirmou que o Reino Unido enfrenta uma "séria ameaça terrorista" e pediu que a população fique em alerta. Smith deve fazer um pronunciamento no Parlamento na tarde desta segunda-feira.

"'Não vamos deixar este terrorismo nos intimidar", disse ela à rede de TV Sky News.

"Obviamente, precisamos acirrar as medidas de segurança, e precisamos que a população fique o mais vigilante possível".

Em julho de 2005, o Reino Unido tornou-se o primeiro país da Europa Ocidental a ser alvo de ataques suicidas, após uma série de atentados contra a rede de transportes londrina, que matou 52 pessoas.




Fonte: Folha Online

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