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Politica Brasil
Segunda - 02 de Julho de 2007 às 13:10
Por: Valdemir Roberto

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Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Júlio Campos é, sem dúvida, um dos políticos mais experientes de Mato Grosso: ele tem quase todos os “ex” posssíveis numa carreira. É ex-prefeito de Várzea Grande, ex-deputado federal, ex-governador, voltou a ser deputado federal, acumulado mais um “ex”; e ex-senador. Pode acabar sendo ex-conselheiro do TCE. O maior ensaio disso foi dado ao participar de um programa “Sport Bar”, do jornalista Macedo Filho. Ele confessou que em determinado momento deu conselhos ao governador Blairo Maggi. “Ele faz um bom Governo, mas precisa ser mais político, falar mais de política, dialogar mais com os políticos”.

Evidentemente, não era a coisa mais certa que Júlio Campos poderia ter feito. Afinal, ele é um conselheiro, “um juiz” como seu irmão, o senador Jaime Campos, costuma dizer. Porém, em se tratando de Júlio Campos tudo é possível. A lei manda dizer que conselheiros devem estar distante da política-partidária. Júlio está. Mas, assim como outros conselheiros, a veia política fala mais alto. Não, portanto, deixar de aconselhar Maggi com quem os Campos mantém uma relação estável já há algum tempo.

Sem conseguir ficar longe dos meandros políticos, Júlio Campos, em verdade, apenas referendou aquilo que há muito já vem se falando sobre Maggi. Inicialmente avesso aos conceitos sobre a atividade política, o governador de Mato Grosso até que mudou um pouco com o passar dos anos. Em muitas ocasiões trocou os pés pelas mãos e até passou o cavalo à frente dos bois. No começo do seu Governo chegou a ocorrer uma espécie de cisão entre a ela de políticos e os “não-políticos”, que, no fim, acabaram políticos.

Com a indicação de retomar sua carreira político-eleitoral, Campos exercita aquilo que mais sabe e gosta de fazer: articular politicamente. Somente por esse caminho é que saberá se deixará o cargo de conselheiro para ser candidato a prefeito de Várzea Grande ou se segue um desafio que tracejou quando aceitou aposentar-se das urnas para ser conselheiro: ser presidente do TCE. Essa definição tem prazo para ocorrer. Primeiro da linha sucessória de José Carlos Novelli, Júlio Campos deve dizer logo se vai ou não seguir na carreira.

Polido, político, Júlio, porém, evitou no programa propagandear a hipótese de vir a disputar a Prefeitura de Várzea Grande contra Murilo Domingos e outros. Preferiu elogiar os “bons nomes” que os aliados dos Campos têm para disputar a sucessão no ano que vem. Cotejou Wallace Guimarães, deputado estadual, considerado um dos nomes mais fortes para a disputa – e que estaria em vias de deixar o DEM, indo para outra sigla com a finalidade de viabilizar sua intenção de ser candidato novamente a prefeito da Cidade Industrial. Além disso, contra sua postulação, tem o fato de Isabe Campos, sua esposa e considerada como uma espécie de “espinha dorsal” do político, estar enfrentando no momento problemas de saúde.





Fonte: 24 Horas News

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