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Internacional
Sábado - 30 de Junho de 2007 às 23:18

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Madri se vestiu hoje com as cores do arco-íris ao sediar a "Europride 2007", a festa do orgulho gay, que, segundo os organizadores, reuniu mais de 1,5 milhão de pessoas na capital espanhola.

A ministra de Cultura espanhola, Carmen Calvo, acompanhada pelos dirigentes dos dois principais sindicatos do país, da União Geral de Trabalhadores (UGT), Cándido Méndez, e das Comissões Operárias (CCOO), José María Fidalgo, abriram o evento, realizado pela primeira vez na Espanha.

Mais de 40 carros alegóricos acompanharam a passeata, com muita música e várias fantasias, das mais atrevidas e também as tradicionais de bombeiros, marinheiros, colegiais, policiais, legionários, as clássicas drag queens e até de teletubbies.

No entanto, as roupas típicas espanholas também marcaram presença.

Gays, lésbicas, bissexuais e transexuais vindos de todas as partes do mundo dividiram a festa com heterossexuais, famílias com crianças, jovens e adultos, que se reuniram no coração da cidade para saudar o evento, que teve como lema "Agora, Europa! A igualdade é possível".

O ambiente festivo não fez esquecer as reivindicações do grupo, expostas num manifesto lido no final da parada.

A mensagem principal foi de que desde a realização da primeira manifestação do Orgulho Gay, há 30 anos em Barcelona, foi possível um "reconhecimento social e jurídico" que então parecia "quase impossível", mas, apesar dos avanços, "ainda há muito a ser feito" contra a discriminação e a homofobia.

Além disso, lembrou-se que em países como Afeganistão, Arábia Saudita, Emirados Árabes, Irã, Mauritânia, Nigéria, Sudão e Iêmen, as relações homossexuais são punidas com a pena de morte, e que, dentro da Europa, o Governo "conservador, retrógrado, arcaico e atrasado" da Polônia persegue abertamente estas pessoas.

Houve uma menção especial aos homossexuais e transexuais da América Latina, com os quais "temos que continuar a estreitar os laços".

"A solidariedade internacional entre as sociedades é a única forma de expatriar a violência homófoba", afirma o manifesto.

A festa, que começou na noite de quarta-feira, se estenderá até domingo, com o bairro de Chueca como palco principal, pelo qual se calcula que passarão mais de 2,5 milhões de visitantes.

Após o encerramento do desfile, a festa continuará na Praça da Espanha de Madri até a madrugada com atuações de artistas como Marta Sánchez.

A ministra da Cultura espanhola e os dois principais líderes sindicais criticaram a ausência de representantes da principal legenda de oposição, o conservador Partido Popular, na parada.

Carmen Calvo se mostrou orgulhosa de que Madri se transforme na capital da Europa e receba pessoas de todo o continente para celebrar a principal liberdade de uma pessoa, a liberdade sexual.

A Espanha está entre os países que legalizaram o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Desde que a lei entrou em vigor, em 4 de julho de 2005, foram celebradas 3.340 uniões.

Destes, 2.375 foram entre homens e 965, entre mulheres.

Neste sentido, os organizadores da parada do Orgulho Gay em Madri destacaram que a escolha da capital da Espanha para a celebração é um reconhecimento aos avanços obtidos nos últimos anos no que se refere à igualdade e à dignidade dos grupos.




Fonte: EFE

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