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Economia
Quarta - 27 de Junho de 2007 às 10:59
Por: Jocelaine Simão

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A queda na cotação do Dólar estimulou nos brasileiros uma preferência pelos produtos importados. Se, por um lado, há um glamour nisso, por outro, existem efeitos pouco saudáveis à economia. Enquanto os consumidores se fartam com os "Made in Europa", a indústria lamenta a concorrência desigual. Outro problema está no efeito de longo prazo, principalmente se a moeda norte-americana voltar a subir.

O gerente de um supermercado do Centro, José Lopes, não classifica o momento como uma "farra dos importados". Lopes explica que a população está consciente de que o produto nacional tem qualidade e opta pelos estrangeiros diante de um preço acessível. Ele ressaltou, inclusive, que o local está trabalhando com produtos importados há apenas alguns meses, mas em razão da quedo do dólar já registrou um aumento na procura dos produtos. Como exemplo, o gerente citou as massas italianas, os azeites e os produtos árabes.

Nos corredores do supermercado, a advogada Fernanda Borges, disse que sempre compra produtos importados e que este é o momento ideal. "Pelo mesmo preço, compro um produto de qualidade superior", afirma.

MOEDA VALORIZADA - A professora de Economia da Unemat, Karine Medeiros, explica que a queda do dólar provoca a valorização da moeda nacional. Segundo ela, essa realidade torna os produtos brasileiros mais caros e, por conseguinte, menos competitivos. "O importado passa a ser cada vez mais atrativo e toma o mercado anteriormente atendido pelo produto nacional que, por sua vez, fica mais caro e reduz a competitividade das indústrias", explica. No entanto, ela também lembra dos benefícios com a importação de máquinas e equipamentos com tecnologia de ponta. "O maior problema do câmbio é a oscilação, ela é que desestrutura a economia", declara Karine, frisando que este é o momento do consumidor adquirir produtos de tecnologias, mas deve ter cautela.

“O consumidor não deve realizar empréstimos, e sim se possível efetuar à compra à vista”, orienta.

Segundo a economista este seria um bom momento para a indústria baixar os seus preços, o que se torna impossível devido à alta carga tributária.

PROBLEMA DE QUEM VENDE - Você sabia que a qualidade do produto importado é problema de quem vende? A economista adverte aos consumidores: em caso de defeitos ou prazos de validade vencidos, são as lojas e mercados que devem ser acionados, isso devido à dificuldade de encontrar o importador e o fabricante.





Fonte: Diário da Serra

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