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Internacional
Sexta - 22 de Junho de 2007 às 10:13

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Cerca de 25 civis morreram durante um ataque aéreo de forças estrangeiras na província de Helmand, sul do Afeganistão, segundo moradores locais e a polícia.

A força internacional liderada pela Otan (Isaf, na sigla em inglês) informou que "um pequeno número" de civis podem ter sido mortos na ação, mas acrescentou que as mortes podem ter sido causadas por insurgentes.

Uma declaração da Isaf afirmou que as forças foram atacadas na noite de quinta-feira perto de Gereshk e respondeu com pequenas armas de fogo e um ataque aéreo.

Falando ao correspondente da BBC no sul do Afeganistão, os moradores do vilarejo de De Adam Khan, perto da cidade de Gereshk, em Helmand, afirmaram que bombardeios pesados da área resultaram em mortes de civis.

Segundo os moradores, nove mulheres e três crianças estão entre os mortos.

Polícia

Os relatos dos moradores foram endossados pelo chefe de polícia da província, Mohammed Husain Andiwal.

Andiwal disse, no entanto, que combatentes do Talebã atacaram as forças da Otan primeiro.

"Na noite de ontem, por volta da 1h30, forças da Otan bombardearam o vilarejo... como resultado do bombardeio 25 pessoas foram mortas, incluindo mulheres, três bebês entre seis e dez meses, um mulá de uma mesquita e outros idosos", disse.

Andiwal afirmou que forças estrangeiras lançaram ataques aéreos no vilarejo sem consultar as forças afegãs.

Segundo a Isaf cerca de 30 insurgentes teriam ocupado um complexo e a maioria deles teria sido morta em seguida.

Pior ano

Existem duas missões internacionais no Afeganistão: a Força Internacional de Assistência em Segurança da Otan (Isaf), com 37 mil soldados de 37 países incluindo os Estados Unidos. Seu objetivo é ajudar o governo afegão em questões de segurança, desenvolvimento e governança.

E a coalizão liderada pelos Estados Unidos é uma missão de combate ao terrorismo que envolve principalmente as forças especiais.

O sul do país presenciou neste ano os piores episódios de violência desde que o Talebã foi retirado do poder em 2001 pelas tropas lideradas pelos Estados Unidos.

Na quinta-feira, o presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, disse em entrevista à BBC que mortes de civis causadas por forças estrangeiras precisam parar.

Se estas mortes não pararem, Karzai afirmou que os afegãos podem se virar contra os países que têm presença militar no Afeganistão. Mas, segundo o presidente, o povo de seu país ainda é grato pelo envolvimento destes soldados.

Karzai disse ainda que o grupo insurgente Talebã não representa uma ameaça de longo prazo à estabilidade do país.





Fonte: BBC Brasil

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