Netanyahu quer brigada palestino-jordaniana para Cisjordânia

JERUSALÉM - O ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, líder da oposição israelense, sugeriu postar na Cisjordânia uma brigada de soldados palestinos sob o comando conjunto do Exército jordaniano e da OLP. A intenção é garantir a segurança no território e impedir que ele também seja tomado pelo Hamas, como aconteceu na Faixa de Gaza.

"Não será possível sustentar Mahmoud Abbas (presidente da Autoridade Nacional Palestina) apenas com forças palestinas. É necessária a participação do Egito e da Jordânia", disse Netanyahu à imprensa de Israel.

O ex-primeiro-ministro, que se encontra em Washington, defendeu o posicionamento no território da Brigada Bared, formada por soldados palestinos e integrada ao Exército jordaniano, mas que recebe ordens da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), presidida por Mahmoud Abbas.

A participação da brigada foi proposta há vários meses pelos próprios palestinos ligados a Abbas como contrapeso para o crescente poder dos islâmicos em Gaza. O primeiro-ministro Ehud Olmert aprovou a passagem das tropas pelo território israelense.

Netanyahu sustenta que o futuro de Abbas não depende de dinheiro e armas, "porque ele já teve as duas coisas antes e não pôde evitar o golpe do Hamas", e sim de uma estreita cooperação com o Egito e Jordânia.

"O Egito deve impedir o contrabando de armas para Gaza, coisa que não fez até agora. Já a Jordânia precisa ajudar com o posicionamento limitado de forças em Judéia e na Samaria (Cisjordânia). A Brigada Bared pode impor a ordem e a lei", opinou.

Até agora Israel rejeitava qualquer presença de forças árabes na Cisjordânia e Gaza. Mas nos últimos meses Olmert tem se mostrado cada vez mais convencido das vantagens da idéia.

Olmert sugeriu na semana passada postar uma força árabe em Gaza. Mas a proposta foi rejeitada pelo Egito.