Repórter News - www.reporternews.com.br
Internacional
Terça - 19 de Junho de 2007 às 23:36

    Imprimir


Um atentado a bomba em uma mesquita xiita e confrontos entre forças de segurança e insurgentes no sul do Iraque deixaram ao menos 113 pessoas mortas nesta terça-feira, segundo informações da polícia e de médicos locais. A violência ocorre enquanto cerca de 10 mil soldados americanos lançam uma nova ofensiva militar contra a rede terrorista Al Qaeda.

No pior episódio de hoje, um caminhão-bomba foi jogado contra a mesquita Khilani, na capital iraquiana, destruindo uma parede e parte do interior do prédio e deixando ao menos 78 mortos, incluindo nove mulheres. Outras 224 pessoas ficaram feridas no ataque.

Foi o segundo pior atentado desde o início da nova estratégia de segurança dos EUA no Iraque, em fevereiro último. Em abril, um carro-bomba matou 140 pessoas perto de um mercado em Bagdá.

O atentado, ocorrido pouco antes das 14h (7h de Brasília), causou a formação de uma grande coluna de fumaça sobre edifícios do centro de Bagdá. A explosão ocorre apenas dois dias após o fim de um toque de recolher imposto pelo governo iraquiano para deter a violência sectária, após um ataque contra uma importante mesquita xiita em Samarra.

Após a explosão, tiros foram ouvidos na região, uma área próxima da mesquita de Khilani, na área comercial de Sinak. Em 28 de maio, um ataque suicida matou 21 na mesma região.

O imã da mesquita, Saleh al Haidari, disse que se tratou de um caminhão-bomba que atingiu os fiéis que deixavam o local após orações. "Este ataque foi realizado por almas doentes e danificou uma das paredes da nossa mesquita", disse ele à Associated Press.

"Há corpos sendo tirados dos escombros, muitos fiéis morreram ou ficaram feridos".

Confrontos

As mortes de outras 35 pessoas foram divulgadas hoje devido aos combates entre homens armados leais ao clérigo radical xiita Moqtada al Sadr e policiais iraquianos ligados a uma facção xiita rival em Nassiriya, sul do país. A informação é da agência Reuters, que cita fontes médicas da cidade.

Os combates refletem os atritos entre o movimento político de Sadr e o Conselho Islâmico Supremo do Iraque, que já geraram temores de uma batalha longa pelo controle de regiões xiitas no sul do país.

Na noite de hoje (o Iraque está sete horas à frente do horário de Brasília), as forças de segurança tomaram o controle das ruas e as lutas foram interrompidas.

Ofensiva

A nova ofensiva das forças de segurança americanas foi lançada hoje na cidade de Baquba, na Província de Diyala, e é parcialmente voltada contra organizadores de ataques com carros-bomba ligados à rede terrorista Al Qaeda.

Segundo o Exército dos EUA, esta é uma das maiores operações militares lançadas no país desde o início do conflito, em 2003, e abrangerá várias regiões do país.

A rede Al Qaeda conduziu execuções públicas na principal praça de Baquba e adotou outros métodos violentos, com a intenção de impor um regime islâmico severo, nos moldes do que fazia a milícia Taleban no Afeganistão antes de ser deposta pelos EUA, em 2001.

A ação agressiva da organização na Província fez com que parte dos insurgentes sunitas, que eram aliados da rede, passassem a procurar o apoio e a proteção das tropas dos EUA.

Os militares afirmaram que 22 militantes foram mortos nas primeiras horas da ofensiva. A Província de Diyala é considerada um bastião de grupos sunitas, mas também possui populações significativas de xiitas e curdos.

A operação chega poucos dias após as forças de segurança americanas completarem o aumento do número de soldados no país árabe, previsto dentro da nova estratégia de segurança lançada em fevereiro. Segundo o Exército, há 160 mil soldados americanos no Iraque.





Fonte: EFE

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/220802/visualizar/