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Politica Brasil
Sexta - 15 de Junho de 2007 às 10:43

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Líderes do DEM e o PSDB no Senado informaram que vão pedir o adiamento da votação do relatório do processo por suposta quebra de decoro parlamentar por parte de Renan Calheiros (PMDB-AL) no Conselho de Ética. Renan é acusado de usar o lobista Cláudio Gontijo, da Mendes Júnior, para pagar aluguel e pensão para a jornalista Mônica Veloso --com quem tem uma filha.

O relatório do senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA) --que sugere o arquivamento das acusações contra o peemedebista-- deveria ser votado na manhã desta sexta-feira. A votação está atrasada.

Renan se reuniu com Cafeteira hoje de manhã e com líderes partidários para apresentar novos documentos em favor de sua defesa. Renan tenta apresentar explicações para as novas acusações feitas contra ele.

Reportagem de ontem do "Jornal Nacional", da Globo, acusa Renan de apresentar notas falsas de venda de gado para justificar que sua renda era compatível com os pagamentos feitos a Mônica.

Para o senador Jefferson Peres (PDT-AM) essas reuniões de Renan com Cafeteira e líderes são irregulares. "A reunião parece inteiramente inadequada para o senador apresentar documentos informalmente. Se hoje fizerem o arquivamento desse processo, será um achincalhe", afirmou.

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM) disse que não se sente envergonhado de ter se reunido com Renan antes da reunião do Conselho de Ética.

Virgílio disse que não se sente envergonhado por se reunir com Renan antes da reunião. "Só me sentiria envergonhado se traísse a minha consciência."

Para os líderes do PSDB e DEM, a votação de hoje tem de ser adiada para que o Conselho de Ética tome os depoimentos de Mônica e Gontijo. O presidente do conselho, Sibá Machado (PT-AC) já disse ser contrário à tomada desses depoimentos.

Virgílio defendeu a realização de uma perícia nos documentos apresentados por Renan para se defender. Ele disse que o melhor, neste momento, é adiar a votação e ouvir novas testemunhas no caso.

O líder do DEM, José Agripino (RN), afirmou que não vai pré-julgar as novas denúncias contra Renan. "Não vou fazer pré-julgamento. Mas se vier a provar que a comprovação do senador em seus documentos possui notas frias, a quebra de decoro estaria configurada"

Defesa

O líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (PMDB-RO), disse que o Conselho de Ética deve lembrar que a acusação contra Renan não envolve seus débitos fiscais.

Segundo ele, Renan apresentou todos os documentos e a representação do PSOL se refere ao suposto uso de recursos da Mendes Júnior. "Não havia débito fiscal [na discussão], agora há."

Virgílio disse que a se maioria dos senadores resolverem absolver Renan ainda nesta sexta-feira, não há nada que a oposição possa fazer para impedir. "Nesta Casa, quem tem maioria leva. Eu respeito o jogo que está estabelecido. Eu não posso impor minha vontade, mas explicá-la."





Fonte: Folha Online

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