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Nacional
Terça - 05 de Junho de 2007 às 19:26

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Benedicto de Tolosa Filho, advogado de Genival Inácio da Silva, o Vavá, disse que seu cliente foi envolvido na Operação Xeque-Mate da Polícia Federal por conta de um telefonema que recebeu do empresário Nilton Cézar Servo --preso ontem. A PF realizou ontem busca e apreensão na casa de Vavá, irmão mais velho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva,

Cézar Servo --apontado como suposto chefe da máfia dos jogos-- é investigado pela PF por ser dono de máquinas de caça-níqueis em vários Estados.

Segundo Tolosa Filho, a conversa entre Vavá e Servo teve "caráter pessoal". "Eles se conhecem há muito tempo. Servo gostava muito do meu cliente, que é uma pessoa muito simpática."

Tolosa afirmou ainda que Vavá nunca usou o nome do presidente Lula para fazer negócios ou obter vantagens profissionais. "Ele nunca usou o nome do irmão."

Vavá foi indiciado por tráfico de influência no Executivo e exploração de prestígio no Judiciário. A PF pediu a prisão de Vavá, mas a Justiça indeferiu o pedido alegando que o tráfico de influência e a exploração de prestígio não beneficiaram a máfia dos caça-níqueis e que ele não faria parte da quadrilha.

O blog do Josias informa que o ministro Tarso Genro (Justiça) telefonou na noite de domingo para o presidente Lula, em Nova Déli, para avisá-lo sobre o mandado de busca e apreensão que seria realizado na manhã do dia seguinte na casa de seu irmão.

Hoje pela manhã, no entanto, o presidente Lula afirmou, na Índia, que ainda não havia recebido informações sobre o caso, mas elogiou o trabalho da PF e disse não acreditar no envolvimento de seu irmão com o esquema de contrabando de peças para máquinas caça-níqueis, corrupção e tráfico de drogas.

"Não acredito que ele tenha envolvimento com qualquer coisa. Agora, como presidente da República, se a Polícia Federal tinha uma autorização judicial e o nome dele aparecia, paciência", disse.

Lula afirmou ainda não ter conversado com o irmão sobre a questão. "Eu sei poucos detalhes, as pessoas ainda não foram ouvidas. O que peço é que a polícia tenha serenidade nas investigações para que a gente não condene inocentes e não venha a absolver culpados", afirmou.





Fonte: Folha Online

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