Fidel Castro critica Bush e diz que presidente espera sua morte
No último de uma série de comunicados publicados nos últimos dias por Fidel, que não é visto em público desde que deixou o poder, em julho de 2006, o texto de hoje foi divulgado na primeira página do jornal diário do Partido Comunista, "Granma".
O líder afirmou que Bush, quando questionado sobre sua política a respeito de Cuba, teria dito: "Eu sou um presidente linha dura e estou só esperando que Fidel Castro morra". Em resposta, Fidel escreveu: "Eu não sou o primeiro, e não serei o último, que Bush ordena que seja morto".
Segundo a agência Associated Press, a lei americana atual proíbe que o governo ordene o assassinato de líderes estrangeiros, mas documentos secretos revelados mostram que a CIA tentou inúmeras vezes matar Castro após a revolução cubana em 1959.
"Idéias não podem ser mortas", escreveu Castro no texto. Ele criticou a administração Bush por gastar dinheiro com armas enquanto as pessoas de nações em desenvolvimento enfrentam a fome.
"Eu me pergunto quantos médicos podem ser formados com os US$ 100 bilhões que caem anualmente nas mãos de Bush e são usados para trazer o luto para casas americanas e iraquianas. A resposta: 999.990 médicos, que poderiam atender 2 bilhões de pessoas que hoje não têm atendimento médico", completou.
Doença
Em um de seus textos no começo deste mês, o líder cubano ofereceu mais detalhes sobre sua condição de saúde, que o forçou a abandonar o poder em julho de 2006 para passar por uma cirurgia de emergência no intestino.
Segundo o comunicado, Fidel passou por várias operações, e a primeira delas apresentou problemas. Sua real condição permanece um segredo, mas especula-se que ele sofra de diverticulite, que causa inflamações e sangramentos no cólon.
O irmão do líder, Raul Castro, assumiu o poder interinamente em Cuba depois que ele se afastou. Não se sabe se Fidel poderá retornar ao poder.
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