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Quarta - 23 de Maio de 2007 às 08:03

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Dois anos depois de perder uma final "ganha", o Milan vai reencontrar o Liverpool em uma decisão de Liga dos Campeões, com chance de apagar da memória o recente tropeço. O confronto entre italianos e ingleses será realizado nesta quarta-feira, às 15h45 (horário de Brasília), no Estádio Olímpico de Atenas, na Grécia, com acompanhamento ao vivo do Placar UOL Esporte.

No dia 25 de maio de 2005, o time milanês chegou a abrir 3 a 0 no primeiro tempo, mas, em apenas seis minutos, o Liverpool igualou o marcador e levou a definição do vencedor para as penalidades. No desempate, brilhou o goleiro Jerzy Dudek, que defendeu tiros de Andrea Pirlo e Andriy Shevchenko e ainda contou com erro do brasileiro Serginho para garantir a conquista à equipe inglesa.

A derrota foi -e ainda é- tratada pelos "rossoneri", como são chamados os torcedores do Milan, como um verdadeiro desastre. O clima de revanche, mesmo adormecido entre os jogadores, é latente nas arquibancadas italianas. E pelo menos 12 jogadores presentes naquela decisão estarão em campo mais uma vez.

"É uma memória difícil de ser apagada. Espero que ela nos dê força e energia extra para vencê-los", afirmou o volante Gennaro Gattuso, que deve fazer um duelo pessoal com o meia Steven Gerrard, do Liverpool. "Eles fizeram uma série de piadas e mentiras, como dizer que tomamos champanhe no intervalo daquele jogo. Eles me machucaram e me deixaram muito furioso com as coisas que foram ditas."

Para o defensor John Arne Riise, do Liverpool, a memória é "fraca". "Aquela foi a minha melhor noite como jogador de futebol, mas, sinceramente, não me lembro de nada daquela partida. No entanto, me recordo de todos os momentos dos pênaltis em diante."

"Será difícil. A última final foi sensacional. Para mim, foi a melhor decisão da história da competição. Não acho que veremos um jogo como esse de novo. Nosso plano é não levar nenhum gol, especialmente no primeiro minuto", comentou o técnico do Liverpool, Rafa Benítez, relembrando o gol de Paolo Maldini no minuto inicial há dois anos.

Segundo o técnico do Milan, Carlo Ancelotti, campeão do torneio como jogador (1989 e 1990) e treinador (2003), o caminho para esquecer aquela final é se concentrar no novo episódio. "O jogo de dois anos atrás é história, não há nada a se fazer e não gosto de falar em revanche. Agora, é uma nova aventura, e esperamos que chegue ao fim de uma forma melhor para nós."

Para isso, o Milan conta com a grande fase do meia Kaká, uma das principais figuras da equipe na temporada -forte candidato ao título de melhor da Europa e do mundo no ano- e artilheiro da Liga com 10 gols. "O jogo mais importante da minha vida é sempre o próximo. Nesse momento, é contra o Liverpool", afirmou. "Meus companheiros confiam em mim. Espero construir algo importante e, se possível, fazer história. A motivação existe simplesmente por estar em uma final e ter a chance de ser campeão da Liga."

Xabi Alonso, autor do gol de empate do Liverpool em 2005, também vê o brasileiro como a grande arma do rival. "É importante não permitir que Kaká encontre facilidade e tenha muito espaço. Se não conseguirmos pará-lo, ele vai jogar muito bem. É um jogador forte, rápido e talentoso com a bola. Temos de ser compactos para marcá-lo."

Benítez concorda com a opinião de Alonso. "É perigoso até falar sobre Kaká. O restante da equipe é realmente muito bom também."

O duelo na Grécia vai reunir, além da rivalidade, dois dos maiores vencedores de Liga dos Campeões. O líder em títulos é o Real Madrid, com nove, seguido por Milan, com seis, e Liverpool, cinco (empatado com o Bayern de Munique).

Os ingleses tiveram uma campanha melhor na Liga que o adversário, mas ambos tiveram de passar pela fase preliminar. O Liverpool, entre fase de grupos e mata-mata, somou nove vitórias, três derrotas e dois empates. Já o Milan contabilizou oito vitórias, três empates e três derrotas.

Mas, se depender do local, os italianos podem ficar mais animados. Foi no Estádio Olímpico de Atenas que o Milan conquistou a Liga em 1994, na goleada por 4 a 0 sobre o Barcelona, à época treinado pelo holandês Johan Cruyff e com Romário no ataque.

MILAN

Dida; Oddo, Maldini (Kaladze), Nesta e Jankulovski; Gattuso, Pirlo, Ambrosini, Seedorf e Kaká; Gilardino (Inzaghi) Técnico: Carlo Ancelotti

LIVERPOOL

Reina; Finnan, Carragher, Agger e Riise; Mascherano, Xabi Alonso, Gerrard e Zenden (Kewell); Bellamy (Crouch) e Kuyt (Pennant) Técnico: Rafa Benítez

Data: 22/05/2007 (quarta-feira)

Horário: 14h45

Local: Estádio Olímpico de Atenas, na Grécia

Árbitro: Herbert Fandel (ALE)

Auxiliares: Carsten Kadach e Volker Wezel (ALE)





Fonte: Terra

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