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Segunda - 15 de Abril de 2013 às 01:15
Por: Ronaldo Pacheco

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Apontado pelas principais agências de risco como o mais promissor Estado brasileiro para o agronegócio e novas oportunidades, Mato Grosso vai receber, neste ano, aproximadamente R$ 7 bilhões em investimentos. E quase a metade é verba oriunda da iniciativa privada.

Isso representa praticamente o mesmo valor de tudo o que foi investido, nos últimos sete anos – cerca de R$ 1 bilhão por ano. Esse tem sido um dos mais recorrentes temas de diálogo do governador Silval Barbosa (PMDB) com o seu staff, principalmente secretários de Estado e assessores próximo. Nem na época do “milagre econômico”, na década de 70, quando houve a forte corrente migratória (1970-80) do Sul para a Amazônia Legal, Mato Grosso recebeu tamanho volume de investimentos.

Após sucessivas conversas com os secretários Marcel de Cursi, titular da Fazenda, e Pedro Nadaf, da Casa Civil; o secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia do Estado, Alan Zanata, explica que são cerca de R$ 4 bilhões em recursos públicos e R$ 3 bilhões em investimentos privados. “Além disso, aproveitando o bom momento, Mato Grosso vai receber R$ 10 bilhões por ano, a partir de 2014 até 2016 – totalizando R$ 30 bilhões, em menos de uma década”, argumenta Zanata.

Além dos recursos da Copa do Pantanal de 2014, segundo ele, Mato Grosso conquistou credibilidade com o reperfilamento de suas dívidas com a União, a juros menores – caiu de quase 15% para menos de 5% ao ano. “As agências de risco internacionais demonstraram que temos crédito e credibilidade. Então, conseguimos financiamento com juros menores e, ainda por cima, atraímos alguns bilhões em investimentos privados”, pontua titular da Sicme.

Zanta faz coro a Marcel de Cursi e Perdro Nadaf, que defendem, em reuniões com Silval, que Mato Grosso redobre os esforços para recuperar pelo menos parte dos cerca de R$ 2,5 bilhões perdidos, em 2012, com a desoneração fiscal, provocada pela Lei Kandir – isenta de ICMS os produtos primários e semielaborados destinados à exportação.

“Sem dúvida, as exportações estão desoneradas para conquistar mercados e favorecer a balança comercial, mas a União tem de honrar compromissos de ressarcir Mato Grosso”, justifica o titular da Sicme.

A injeção de recursos do setor privado conta ainda com ampla facilitação das instituições de crédito oficiais, especialmente Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. No caso da CEF, a maior fatia vai para o ramo imobiliário, atendendo praticamente todas as camadas sociais.

Os investimentos tendem a impulsionar ainda mais a geração de emprego e renda, em Mato Grosso, para os próximos anos. Desde o final do ano passado, em algumas áreas, já é possível detectar a falta de mão-de-obra qualificada, confirmando a previsão de que todos os espaços da economia mato-grossense se encontram em expansão.

Para avançar, o Estado buscou o equilíbrio nas contas públicas. “Mato Grosso está ajustado para executar um dos períodos mais férteis de desenvolvimento humano e econômico de todos os tempos – e que deverá ser coroado com a realização a pleno da Copa do Mundo, em Cuiabá, em 2014”, completa Francisco Faiad, comandante da SAD, um dos interlocutores privilegiados de Silval, nos últimos meses.






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