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Internacional
Sábado - 12 de Maio de 2007 às 07:20

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Pelo menos quinze pessoas morreram hoje em enfrentamentos na cidade de Karachi entre partidários e críticos do presidente suspenso do Tribunal Supremo do Paquistão, Iftikhar Chaudhry, informou uma fonte policial.

Chaudhry, que ia hoje a um ato público de apoio a ele em Karachi, ficou bloqueado no aeroporto ao chegar à cidade, em cujas imediações houve troca de tiros entre os simpatizantes do juiz e os do presidente do Paquistão, Pervez Musharraf.

Com as vítimas de hoje, sobe para 18 o número de mortos desde ontem devido à tensão entre o Poder Judiciário e o regime de Musharraf, que suspendeu o juiz de suas funções em 9 de março, sob a acusação de abuso de poder.

A troca de tiros começou quando membros do Muttahida Qaum Movement (MQM), partido governante na província sudeste de Sindh e que apóia Musharraf, tentaram evitar que comboios dos partidários de Chaudhry chegassem ao aeroporto para receber o juiz e acompanhá-lo até o lugar do encontro com advogados e simpatizantes.

O responsável do Interior da província de Sindh, Waseem Akhtar, disse à rede paquistanesa "ARY" que a maioria dos mortos - que calculou que são mais de 10 - são membros do MQM, enquanto um porta-voz do opositor Pakistani Peoples Party (PPP), que apóia Chaudhry, disse que pelo menos seis pertenciam a seu partido.

Segundo um advogado do magistrado, as forças de segurança tentaram impedir que Chaudhry fosse do aeroporto ao local do encontro com seus partidários em Karachi.

No entanto, o responsável provincial do Interior disse à rede paquistanesa "Geo TV" que as forças da ordem zelavam pela segurança de Chaudhry e, por isso, tentaram colocá-lo em um carro policial.

A tensão entre o chefe do setor judicial e o regime de Musharraf continua crescendo, em um dia no qual estavam convocadas duas manifestações opostas em Karachi: uma a favor do juiz e outra organizada pelos partidários de Musharraf.

Além disso, o presidente paquistanês tentou resistir à aparição pública de Chaudhry com a convocação de uma manifestação em Islamabad, onde hoje deve discursar a seus partidários.




Fonte: EFE

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