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Politica Brasil
Quinta - 10 de Maio de 2007 às 06:21
Por: Rubens de Souza

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Nos primeiros 130 dias do ano, o governador Blairo Maggi esteve ausente do Palácio Paiáquas por 89 dias, entre feriados, finais de semana, férias e viagens internacionais. Isso representa 54% do tempo de Governo. Esse período considerável já começou a suscitar dúvidas "Maggi esta perdendo motivação, perdendo rumo" – alfinetou o seu ex-aliado, Percival Muniz (PPS). O governador retoma o Governo nesta quinta-feira, após um período tentando mudar a imagem de sua gestão na comunidade internacional, com duras e árduas tarefas, além de promover mudanças entre seus auxiliares.

"Não podemos ficarmos vendo a banda passar" – acrescentou o parlamentar, conhecido pelo tom de suas falas. Ele disse ainda que o governador não pode ficar somente em relação pessoal com Lula. Par ele, é necessário discutir metas com o Governo Federal. Segundo Percival, a "sociedade esta cobrando” isso do Governo.

Num comparativo com o primeiro mandato, quando atuou como um dos fortes defensores da gestão, Muniz destacou a questão habitacional, quando se estabeleceu a construção de 20 mil casas – meta posteriormente superada. “Hoje o Fethab não tem metas. Por isso precisa ser repassado diretamente aos municípios” – frisou, ao defender a derrubada do veto ao projeto do deputado José Riva (PP), de quem, aliás, já foi – e continua sendo – um grande desafeto político.

Apesar de ocupar uma posição distinta, Muniz sugere que Maggi, mais uma vez, chame a equipe do Governo, deputados e demais aliados e estabelça um prazo de 60 dias para recompor as metas. “Porque do jeito que esta, não sabemos o que o Governo quer", finalizou Muniz.

Além do projeto de lei do Fethab, cujo veto está prestes a ser derrubado na Assembléia Legislativa, Maggi volta de sua missão internacional com o furacão ainda intenso, relacionado aos projetos que tratam de reajuste salarial e estruturação de carreiras na Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. E há tempos. Tanto que os próprios militares chegaram a ensaiar um aquartelamento. Quando saiu de férias para descansar – e usou parte do tempo para articular sua relação com o presidente Lula, diga-se de passagem – o governador deixou para trás a questão. Retornou e viajou de novo sem que o assunto avançasse.

Controlar a rebeldia na base governista pode significar a mudança na Casa Civil. Maggi está propenso, segundo interlocutores, a colocar o ex-presidente do Detran, Moisés Sachetti, para cuidar da articulação política. Como Pagot, Moisés é homem de total confiança do governador e sua palavra poderia funcionar como uma ordem aos demais secretários emitidas por Maggi. “Questão de ter força para resolver”, segundo um ilustrado polítco – o que falta ao deputado João Malheiros, reconhecidamente um grande diplomata.

Na onda das mudanças, Maggi também tentará acalmas dois grandes partidos da base: o DEM e o PMDB. Ao DEM ele deverá entregar a Secretaria de Infra-Estrutura, ocupada por Vilceu Marchetti, que deve acompanhar Luís Antônio Pagot para o Departamento Nacional de Infra-Estrutura Terrestre (Dnit). Ao PMDB está sendo oferecida a Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração. O empresário Alexandre Furlan há tempos vem pedindo para deixar o Governo.





Fonte: 24 Horas News

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