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Internacional
Segunda - 07 de Maio de 2007 às 02:49

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Exploradores chineses e britânicos iniciaram uma operação de salvamento na qual içarão, pela primeira vez com o lodo que o cobre, um navio mercante que naufragou há mais de 800 anos com cerca de 70 mil relíquias em seu interior, informou hoje a imprensa local.

O "Nanhai I", que data do princípio da Dinastia Song do Sul (1127-1279), foi localizado em 1987 a cerca de 20 metros de profundidade no Mar do Sul da China, nas proximidades da ilha de Hailing, na província sulina de Cantão, e é o primeiro descoberto na chamada "Rota da Seda".

Neste tipo de operação normalmente as relíquias são recuperadas primeiro para depois ocorrer a retirada do navio, mas as dificuldades encontradas pelos os arqueólogos devido aos dois metros de lodo que cobrem a embarcação os obrigou a pensar em um plano alternativo.

"Para proteger melhor as preciosas relíquias do 'Nanhai I' e obter informação histórica fundamental, planejamos salvá-lo com o lodo que o cobre", disse Kuang Jinming, subdiretor do Birô de Salvamento de Cantão, citado hoje pelo jornal "China Daily".

Durante um ano, os engenheiros desenvolveram uma complexa estrutura dupla de aço de 530 t com a qual extrairão o navio de madeira das águas.

Uma vez em terra, ele será protegido em uma piscina de vidro, na qual serão recriadas as condições de temperatura e pressão do leito marinho onde está há 800 anos.

"Também temos a intenção de transformar a piscina de vidro em uma atração turística que será aberta ao público no final do ano. Os visitantes poderão observar os arqueólogos trabalhando", disse à agência Xinhua Wu Jiancheng, diretor da operação.

Durante dois meses, especialistas chineses em colaboração com uma empresa britânica de salvamento trabalharão para tirar o "Nanhai I" ("Mar do Sul") da água, em uma operação que custará US$ 12,9 milhões.

Com 25 m de comprimento e cerca de 4.800 t, este navio é também o primeiro cargueiro achado da Dinastia Song do Sul, e durante a exploração inicial foram descobertas cerca de 400 relíquias.

O resgate, que o Ministério das Finanças apoiará com US$ 1 milhão, servirá também para esclarecer vários enigmas que o rodeiam, como a causa do afundamento e seu porto de partida.




Fonte: EFE

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