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Nacional
Domingo - 06 de Maio de 2007 às 23:28

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Mais de 3 mil famílias correm o risco de ser despejadas, amanhã (7), da área de um milhão de metros quadrados que ocupam há quase dois meses no bairro de Valo Velho, localizado no município de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo.

O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Guilherme Boulos, informou que acordo judicial prorrogou o prazo da ocupação, mas que tentará novo diálogo com as partes envolvidas – o dono do lote, o governo estadual, Polícia Militar e o Judiciário, para que a saída seja, novamente, adiada.

Durante essas conversas, a intenção é a de defender o acesso à moradias provisórias. Seria pelo tempo necessário para a construção das casas, que estão em processo de planejamento por parte da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) e Caixa Econômica Federal.

“O movimento não sairá do acampamento João Cândido amanhã, como havia sido comprometido judicialmente, porque não tem para onde ir”, disse Boulos, após ato público realizado no final da manhã de hoje (6) e que contou com o apoio de políticos, representantes da igreja católica, intelectuais e dirigentes sindicais.

Do alto de um carro de som, eles se revezaram na entrada do acampamento em discursos favoráveis ao movimento. Um dos acampados, o pintor de paredes Antônio Faustino da Silva, de 38 anos, contou que vive de "bicos" e que há 15 anos mora na região, depois de deixar o Rio Grande do Norte. Com a mulher e os três filhos menores, ele ergueu o barraco com plásticos e estacas de bambu, depois de ter passado pelo estado de Mato Grosso. E disse que "a situação das famílias vai tocar na sensibilidade das autoridades e do próprio dono do terreno, para aumentarem o prazo".

Guilherme Boulos também disse acreditar que o grupo obterá autorização para permanecer no local por mais tempo: "É uma questão de sensatez, porque já foi viabilziada a solução para a moradia definitiva. O proprietário conseguiu a reintegração de posse para continuar deixando um vazio nesse latifúndio, como fez nos últimos 20 anos”.





Fonte: Agência Brasil

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