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Policia MT
Sexta - 12 de Abril de 2013 às 06:56
Por: HELSON FRANÇA

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Após a divulgação de imagens de detentos se exibindo, por meio fotos postadas de dentro do presídio na rede social Facebook, a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) - órgão responsável pelas unidades prisionais - promete tornar mais rigorosa a fiscalização nas penitenciárias. 

 
 
A secretaria informou que pretende, a curto prazo, realizar licitação para bloquear o sinal de celulares nos presídios e usar cães farejadores treinados para identificar drogas e aparelhos eletrônicos, durante a revista às visitas. 

 
 
Na Penitenciária Central do Estado (PCE), maior unidade prisional de Mato Grosso, o reeducando Anderson Couto de Araújo, 26 anos, condenado há 16 anos pelo crime de homicídio, tem usado a rede social para mostrar um pouco do cotidiano seu e de seus amigos detentos. 

 
 
Em postagens desde o mês de março, ele aparece se exibindo, fazendo poses, jogando videogame com os colegas de cela, fumando maconha, mostrando os corredores do presídio, sempre com uma expressão alegre. 

 
 
O detento também cita o rapper Mano Brown, do grupo Racionais MC’s, nas postagens. “A vida não é problema, é batalha, desafio; cada obstáculo é uma lição, eu anuncio..#Mano Brown”, filosofa. 

 
 
Em uma das postagens, um detento ressalta que nada de dentro da penitenciária é de graça, ao justificar as mordomias. 

 
 
O Ministério Público Estadual (MPE) alegou que já possui conhecimento das "regalias" e que deve instaurar uma investigação nos próximos dias. 

 
 
A Sejudh argumenta que a greve dos agentes prisionais, que já dura uma semana, também prejudica a revista minuciosa no interior das unidades do Estado e anunciou que foi instaurado um processo de sindicância para investigar o acesso dos detentos da Penitenciária Central à internet, bem como da entrada de aparelhos eletrônicos na unidade. 

 
 
A Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso (OAB-MT), por sua vez, disse já ter cobrado do governo do Estado uma solução para o impasse da greve dos agentes, além de um maior rigor nas revistas para evitar a entrada de celulares no presídio. 

 
 
"A ausência dos agentes penitenciários e de maior efetivo da polícia em apoio a esses agentes causam indisciplina na prisão. É inadmissível um preso ter celular dentro da cadeia e isso acontece há muito tempo", disse o presidente da OAB-MT, Maurício Aude. 





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