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Nacional
Terça - 24 de Abril de 2007 às 18:19

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O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, recebeu hoje o presidente do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino, e o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), Vagner Freitas, que manifestaram preocupação com possíveis demissões decorrentes da compra do banco ABN Amro, controlador do Banco Real, pelo banco britânico Barclays.

Segundo eles, a fusão da instituições financeiras causará a demissão de 23 mil bancários em todo o mundo. No Brasil, o Banco Real possui 31 mil funcionários. O receio dos trabalhadores é que as operações brasileiras do Banco Real não façam parte da fusão e sejam vendidas para o Banco Santander, Itaú ou HSBC.

Até o momento, a direção do Banco Real não recebeu os representantes dos bancários, apesar das solicitações de audiências feitas tanto pelo sindicato quanto pela confederação. Na próxima quinta-feira, quando haverá uma assembléia de acionistas dos dois bancos em Amsterdã, os bancários prometem realizar uma manifestação em São Paulo para protestar contra as possíveis demissões. O local e o horário ainda não foram definidos.

O ministro Lupi afirmou que o Banco Real precisa firmar um compromisso para garantir os empregos dos funcionários no País. Apesar disso, ele não confirmou se vai participar ou intermediar as negociações entre os bancos e os representantes dos bancários.

Metrô

O ministro participa do seminário "Organização Sindical e Relações de Trabalho - A luta dos trabalhadores na Itália e no Brasil", realizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), em São Paulo.

Lupi, que visita a capital paulista pela primeira vez desde que assumiu o ministério, recebeu pela manhã representantes do Sindicato dos Metroviários da capital paulista. Eles pediram ao ministro que interceda junto ao governo do Estado pela readmissão de cinco diretores do sindicato demitidos ontem, acusados pela direção do Metrô de vandalismo e sabotagem durante a paralisação dos trabalhadores pela manutenção do veto presidencial à Emenda 3. Por terem estabilidade no emprego, diretores do sindicato foram demitidos por justa causa.

De acordo com o presidente do Sindicato, Flávio Godoy, as paralisações ocorreram em todo o País e foram organizadas pelas centrais sindicais. "Não era um movimento contra o governo de São Paulo. Era um movimento maior", afirmou. Ele informou que o sindicato solicitou uma audiência com o governo do Estado para discutir os motivos que levaram às demissões.

Godoy negou que tenha havido vandalismo e sabotagem durante o movimento que paralisou as operações do metrô na manhã de ontem por cerca de uma hora e meia. "Fazemos paralisações e greves no metrô há mais de 30 anos e nunca precisamos fazer nenhum movimento mais drástico", explicou ressaltando que o movimento foi tranqüilo e que os usuários puderam utilizar o Metrô normalmente durante todo o dia, apesar da demanda mais intensa logo após a paralisação.

O ministro Carlos Lupi, por sua vez, disse que precisa aguardar a posição da Delegacia Regional do Trabalho antes de tomar qualquer atitude. "O delegado vai fazer um relatório da situação para mim após conversar com o governo estadual. Depois, se não houver solução, aí eu entro", disse.





Fonte: AE

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