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Politica Brasil
Terça - 24 de Abril de 2007 às 13:54
Por: Ubiratan Braga

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“Quebrou o gelo”, esta foi a impressão do deputado José Riva (PP) sobre a reunião mantida no inicio da noite de ontem (23.04) com o ministro da Justiça. Tarso Genro; o presidente da Funai, Marcio Meira; senadores mato-grossenses Jaime Campos (DEM), Serys Marly (PT) e Carlos Bezerra (PMDB); deputados estaduais Walter Rabello, Daltinho de Freitas, Chico Galindo, prefeito de Juína, Hilton Campos, ainda o deputado Federal Eliene Lima (PP). Em Brasília a comitiva ponderou ao ministro as inviabilidades socioeconômicas promovidas com os critérios duvidosos nas criações de reservas indígenas.

“Senti que novos rumos serão tomados com relação a esta questão. O ministro nos confidenciou que tratará deste assunto com serenidade e que vai pontuar as reivindicações a exemplo de Colniza, Suia Missu, inclusive sobre as propostas na área de segurança elencadas pelo deputado Walter Rabello”, ressaltou.

Segundo o deputado Riva, o ministro Genro depois de chamar o presidente da Funai, Márcio Meira e o secretário de Segurança Nacional, Luiz Fernando Corrêa para acompanharem a reapresentação do relatório elaborado sobre o assunto, disse que chamará posteriormente esta comitiva para darem prosseguimento aos pleitos, visto a sua recém inserção no ministério. “Ele (Tarso Genro) disse que está há pouco tempo na pasta, mas vai analisar cuidadosamente. Ele não precisou uma data de uma nova reunião, mas vamos cobrar”, assegurou Riva.

Uma das principais reivindicações da comitiva formada pelo deputado progressista é a participação plural dos poderes. Riva foi taxativo ao afirmar que o ministro vê com simpatia esta defesa. “É um bom sinal. Queremos a participação da população envolvida com as causas indígenas, os municípios, o estado e isto o ministro entendeu claramente”, considerou.

As reivindicações constantes da carta apontam para a participação dos poderes executivo, legislativo e judiciário, municipais, estaduais e federais, além dos órgãos representativos da sociedade civil organizada, inclusive as entidades que congregam a classe produtora rural e os empregados do campo; as áreas indígenas cujos processos já se encontram finalizados, devem ser demarcadas com a maior brevidade, com a colocação de marcos e, se possível, de cercas divisórias, a fim de evitar dúvidas e conflitos que tanto têm martirizado tutelados e não tutelados; cancelamento do protocolo firmado em agosto de 1990 pela Procuradoria Geral da República e ABA (Associação Brasileira de Antropologia), permitindo assim a participação multidisciplinar nas discussões, entre outros.

“Os índios mato-grossenses e brasileiros não necessitam de mais terras. Eles carecem de respeito e atitudes corretas que lhes proporcionem melhor qualidade de vida, através de cuidados especiais nas áreas de educação e saúde, além de condições dignas de trabalho e produção”, finaliza Riva.





Fonte: Assessoria

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