PP começa ensaio para romper com governo
O foco da reunião foi dimensionar o tamanho do partido em detrimento do espaço disponibilizado pelo governador. “Somos quatro deputados estaduais, dois federais, aproximadamente 30 prefeitos e centenas de vereadores e só ocupamos a Secretaria de Ciência e Tecnologia, de pouca expressão e com recursos limitados”, contou o deputado Maksuês Leite (PP).
Os deputados contaram que foi uma reunião de avaliação para questionar se compensa ou não se manter na base do governo. “Se for o caso, a gente entrega os poucos cargos”, acrescentou Leite. Nem todas as indicações do partido para o governo foram contempladas com as funções.
Os progressistas não escondem a preferência por uma participação maior no governo. Cogitaram a presidência do Detran, sem sucesso. Ficou definido que ainda esta semana uma nova reunião da bancada com as lideranças da legenda definir o posicionamento que adotará com relação ao governo Maggi.
Uma possibilidade de ruptura não está descartada, avalia. No mínimo, o partido vai refletir sobre a sustentação ao governo. Segundo o deputado José Riva, a reunião foi apenas de forma “preliminar”. Confirmou ainda a tendência de o partido vir a romper com o governo do Estado. “Há realmente essa discussão no partido. É preciso avaliar essa forma de participação no governo”, disse Riva.
O rompimento no bom relacionamento com a administração de Mato Grosso prevê inclusive o abandono dos cargos ocupados por indicados da legenda.
Ao confirmar a possibilidade, Riva destacou “vários motivos” para o fim do bom convívio com Maggi. “O primeiro é a falta de sintonia que há nesse momento da bancada com o governo”, enfatizou. O parlamentar emendou o discurso ao lembrar que a reclamação não parte apenas do PP, mas também do PFL (hoje DEM).
Porém, os debates devem continuar internamente com chance de tomada de decisão nas próximas semanas. Riva, que possui destaque quando o assunto é cobrar posição de secretários de Estado, mais uma vez mandou um recado para a equipe de primeiro escalão do governo Estadual. “O governador em si atende bem. Sempre defendi que o governador coloque a bancada na frente do secretariado. Não que queiramos um tratamento diferenciado, mas sim no sentido de que a equipe do governo nos dê a devida atenção”, reclamou.
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