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Nacional
Sexta - 20 de Abril de 2007 às 19:02

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O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) corre o risco de não "sair do papel" caso não seja coordenado com a redução da taxa básica de juros, definida pelo Banco Central. A opinião é compartilhada tanto pelo deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) como pelo economista Márcio Pochmann, em debate realizado hoje (20), na capital paulista.

Ciro considera o PAC a demonstração de que é possível buscar o crescimento com uma ação planejada e organizada do Estado, junto com a iniciativa privada. "Minha angústia é que há uma certa necessidade crítica de coordenação que também não existe". Segundo ele, "se não houver uma coordenação estratégica entre Banco Central, com política monetária, cambial, fiscal, o PAC não sai do papel".

A decisão do Comitê de Política Monetária de reduzir em 0,25 pontos percentuais a taxa básica de juros anunciada esta semana vai contra todos os objetivos do PAC, na avaliação de Ciro Gomes. “Revela continuamente uma descoordenação do Banco Central”.

O professor da Universidade de Campinas (Unicamp), Márcio Pochmann, concorda. “Se não houver uma coordenação do conjunto das políticas nós poderemos ter um programa muito bem concebido, mas que poderá não ter os resultados inicialmente projetados”.

Pochmann disse esperar que o PAC não repita o fracasso, segundo ele, do programa Brasil em Ação, do governo Fernando Henrique Cardoso. “Nós já tivemos no governo anterior um programa similar, que lamentavelmente não foi implementado. Em primeiro lugar porque não havia dinheiro e, em segundo lugar baixa, capacidade de gestão. Para o PAC, aparentemente há medidas concretas de garantia de recurso, mas precisa avançar do ponto de vista de sua gestão e coordenação”.

O economista disse acreditar que o PAC já se tornou uma questão de política nacional e que há um compromisso dos partidos políticos que não existia em medidas anteriores. “De certa forma o plano estabelece metas de crescimento econômico que eu entendo que serão medidas de avaliação do próprio desempenho do governo nos próximos anos”.

Já o deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP), as medidas do PAC passarão da teoria para a prática, mas é um procedimento que exige um esforço grande do congresso. “Algumas medidas já foram votadas, outras creio que até o prazo razoável também serão votadas, mas o PAC na depende só da votação no Congresso. Depende também de um desafio importante na gestão do programa”. Aldo Rebelo, enfatizou que esse será um desafio que o governo terá de procurar responder.





Fonte: Agência Brasil

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