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Politica Brasil
Sexta - 20 de Abril de 2007 às 13:12

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O primeiro suplente de deputado estadual Alexandre César, do PT, acha que uma ala de seu partido, a Articulação de Esquerda, tem recorrido a uma manobra pirotécnica para tumultuar a ida do deputado Ságuas Moraes, também petista, para a Seduc (Secretaria de Educação). “Querem apenas atrair a atenção da mídia”, disse.

Ságuas vai para a Seduc a convite do governador Blairo Maggi, do PR. Isso confirmado, Alexandre assume o mandato de deputado. Ele afastou ainda a hipótese de abrir mão da vaga para em seu lugar assumir a segunda suplente Verinha Araújo. “Não há como negociar os 18 mil votos que recebi”, resumiu.

Dentro do PT há várias correntes, uma delas, a Articulação, composta pelo deputado federal Carlos Abicalil, o parlamentar estadual Ságuas Morais e Alexandre, ex-presidente do partido, é favorável sem condicionais a compor aliança com o governo Maggi. É um grupo minoritário entre os 46 que compõem a cúpula do PT regional.

O presidente do diretório de Cuiabá, Jairo Rocha, da corrente Articulação de Esquerda, disse ontem (19) ao MidiaNews que “se este convite (Ságuas ir para a Seduc) não valorizar também outras lideranças do partido e ficar só restrito a um grupinho vou propor a oposição a Maggi”. Alexandre César deu essa resposta a Rocha: “não vou entrar nesse jogo de barganha e chantagem”.

O impasse surgiu nessa semana, logo após o anúncio de Maggi propondo a parceria com os petistas. A corrente de Alexandre convocou uma reunião para discutir o assunto neste fim de semana.“Não dá para atropelar o processo de discussão. O tempo de Maggi não é o tempo do PT”, disse Jairo, contrário a reunião rápida. Alexandre retrucou: “O tempo não é do Blairo nem do PT. Não entendo esse egocentrismo”. O PT nacional discute estratégias políticas em Brasília hoje, sexta e amanhã.

Quando a questão da nomeação de Ságuas, dada como certa, será debatida pelos petistas, tanto os moderados quanto os radicais, na sexta-feira que vem dia 27.

Embora a discordância, Alexandre acha que o partido se acerta. Tanto que, segundo ele, Serys já telefonou para Maggi dizendo que o assunto será debatido na semana que vem devido a reunião em Brasília que ocorre neste fim de semana. Alexandre acha que a aliança do PT com Maggi é um “desejo da sociedade”. Ele elogiou o governador que, na eleição passada, apoiou Lula mesmo “contrariando seus aliados políticos e o segmento econômico mais forte do Estado, que é o ligado ao agronegócio”.

O suplente de deputado disse ainda que o pacto com Maggi é avalizado pelo PT nacional, que teria aprovado um diálogo com o governador no dia 30 de março. “Isso tem de ser levado em consideração”, disse Alexandre.

Ságuas, segundo Aelxandre, deve começar já na semana que vem o processo de transição na Seduc. Ele deve convidar o ex-deputada Verinha Araújo como sua adjunta. A reportagem tentou conversar com Verinha, ligada a Serys, mas não conseguiu.

Ságuas só vai para a Seduc quando for oficializada a nomeação de Luiz Pagot, atual chefe da secretaria para a presidência do Dnit (Departamento Nacional de Infra-Estrutura e Transportes). Isso deve ocorrer somente daqui uns 15 dias, segundo autoridades de Brasília. Ele deve ser ainda sabatinado pelo Senado.

A Seduc é a que mais consome recurso dos caixas do governo, algo em torno de R$ 800 milhões anuais. Ságuas é médico, ocupa seu segundo mandado de deputado e já foi prefeito de Juína.





Fonte: Midia News

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