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Politica Brasil
Sexta - 20 de Abril de 2007 às 08:45
Por: Valdemir Roberto

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Uma das chaves para entender a crise que vem se abatendo nas relações entre Assembléia Legislativa e Governo foi apresentada nesta quinta-feira por um dos mais influentes parlamentar de Mato Grosso, o deputado José Riva (PP). O diagnóstico dele é direto e objetivo: “O relacionamento com o governador é bom, mas com seus secretários é rim, péssimo mesmo”. Primeiro-secretário da Mesa Diretora do Legislativo, Riva é enfático ao sugerir a necessidade de o governador chamar os 24 deputados estaduais e colocá-los frente a frente com o secretariado para discutir a questão.

Mais que lavar roupa suja, a medida teria uma finalidade detalhística: Maggi terá que dizer aos secretários para que atenda aos deputados. Em outras palavras, as pessoas que deveriam auxiliar o governador não estão o fazendo da forma mais adequada. “Os secretários – afirma José Riva – deveriam dar suporte ao governador, deveriam ajudar e não atrapalhar”. Segundo o político do PP, Maggi é um governador democrata, mas que não está bem auxiliado.

No centro de um dos temas de conflito entre Governo e Assembléia Legislativa, Riva é dono do projeto de lei que trata do repasse de verbas do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) para os municípios. A fatia seria singela: 30%. Na defesa de sua proposta, prestes a ter o veto derrubado pelo conjunto dos deputados – o que tornaria a transferência do bolo obrigatória – Riva sugere a uniformização dos repasses dos municípios. Ele explica que o Governo já faz a transferência em forma de convênios.

Riva explicou que o projeto aprovado e vetado por Maggi estabelece um critério justo para a divisão do bolo do Fethab, considerado como uma espécie de “mina de ouro” para os investimentos do Governo. A sistemática prevista prevê a divisão do dinheiro baseando-se em critérios mais efetivo, sem caráter político, mas levando-se em consideração situações mais objetivas. “Os municípios recuperam estradas com muito sacrifício, no interior a situação é dificil para as prefeituras. Elas correrem atrás de combustível e dinheiro para pagarem as máquinas que fazem o trabalho” – explicou, sugerindo que o governador deveria propor um debate público com quem paga o Fethab.

Ainda defendendo o projeto, Riva disse que o Governo tem que fazer as contas de quanto foi dado aos municípios no ano passado para fazer e recuperar estradas. Ele não acredita que vai parar as obras porque os recursos é muito menos que o valor das obras, e o governador é um democrata. “Ele é um estadista é um homem simples e tem certeza que vai abrir um precedente sobre isso e abrir um dialogo”- disse. “Os municípios estão sendo penalizados”.





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