Vasconcelos faz defesa da reeleição no Senado
"A reeleição deve ser mantida, mas é necessário seu aperfeiçoamento, o que pode ser feito no âmbito da reforma política", alegou, lembrando que nunca foi "muito simpático" à sua implantação. Tanto que disse ter relutado em disputar a reeleição no governo de Pernambuco. "Terminei cedendo por conta de questões internas da nossa aliança política no Estado", explicou. Jarbas previu que, se a oposição abdicar do seu papel, as implicações dessa lamentável decisão serão sentidas no futuro, "pois o presidente Lula talvez não queira apenas eleger seu sucessor mas, com o fim da reeleição, se manter na Presidência da República", alegou.
Para ele, a reeleição não pode ser responsabilizada por todas as distorções que são quase inerentes ao exercício do Poder Executivo no Brasil, nos quase 10 anos de sua implantação. "Por outro lado, a história da humanidade mostra que muitas vezes o autoritarismo nasce de episódios aparentemente banais, respaldados numa pretensa inspiração popular", disse. "Em nome do povo já foram cometidos os mais bárbaros desatinos da natureza humana", defendeu, antes de alertar à oposição para que não repita os erros que estão em curso na Venezuela, depois que a oposição de lá, ao desistir de disputar a eleição, deu ao presidente Hugo Chávez "uma vitória por WO, para usar uma metáfora futebolística, que o presidente Lula aprecia tanto".
"O estilo do presidente Lula é diferente do presidente Chávez, mas o objetivo de ambos é o mesmo, de se manterem no poder a todo custo", comparou. Para Jarbas, "a oposição errou no passado, quando subestimou a capacidade do PT e de Lula de se recuperarem do maior escândalo político da história recente do Brasil".
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