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Nacional
Quinta - 19 de Abril de 2007 às 14:31

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O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o bloqueio de bens de cerca de 50 envolvidos na operação Furacão da Polícia Federal, que aconteceu na última sexta-feira (13), e investiga o esquema de exploração de jogo ilegal e venda sentenças judiciais. O pedido foi feito pela PF. Na operação foram presas 25 pessoas, que estão na Superintendência da PF, em Brasília.

A manhã desta quinta-feira (19) foi de visitas na carceragem da Polícia Federal em Brasília. Parentes dos 25 presos vieram trazer roupas e comida.

Nesta madrugada a Polícia Federal terminou de ouvir o depoimento de todos os acusados. Os últimos cinco se recusaram a dar informações. Entre eles, está o advogado Virgílio Medina, irmão do ministro Paulo Medina, do Superior Tribunal de Justiça. Virgílio teria agido como intermediário da quadrilha para negociar a venda de decisões judiciais favoráveis à organização criminosa. O presidente do STJ, Rafael Barros Monteiro, pediu nesta quinta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) informações sobre a investigação para decidir o que fazer com relação ao ministro.

Uma gravação autorizada pela Justiça mostra Virgílio Medina conversando com o advogado Sérgio Luzio Marques de Araújo, que também está preso.

Virgilio Medina

- O valor que eu estou estimulando pra causa é um milhão de reais.

Sérgio Luzio

- Hum... hum... Perfeito

Virgilio Medina

- Entendeu ? Pra gente falar nos mesmos valores.

Sérgio Luzio

- Entendi. Tá ótimo.

Virgilio Medina

- Entendeu ? Vai ter um percentual de 20% de honorários na frente.

Sérgio Luzio

- Ha Ha

Virgilio Medina

- Outros 80% ... Tem coisa que a gente tem que discutir que tem que ser bom pra todo mundo ...

Sérgio Luzio

- É logico.

O advogado do ministro nega o envolvimento de Paulo Medina.

As investigações apontam que a quadrilha pagava propina a desembargadores, juizes, policiais federais e civis. E estava se aproximando da Assembléia Legislativa do Rio e do Congresso Nacional. A corregedoria da câmara decidiu investigar a denúncia de que a deputada Marina Maggessi (PPS-RJ), inspetora da polícia civil do Rio, teria recebido doações da organização criminosa para a campanha eleitoral. Nesta quinta-feira, a deputada chorou ao se defender das acusações.

O Ministro da Justiça Tarso Genro falou nesta quinta-feira sobre a possibilidade de que parlamentares sejam investigados.

“Não tenho essa informação. Mas não me surpreenderia, aliás. Porque já ocorreu isso em outras oportunidades. Procuro não ter informaçoes do inquérito que tenham conotaçao política para que o ministério da Justiça não se envolva em questões laterais", disse.





Fonte: G1

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