O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quarta-feira (10) que a inflação está em queda no Brasil e afirmou que o governo não vai poupar “medidas” para garantir que ela não volte a acelerar e se “propague.”
“O governo não poupará medidas para conter a inflação e impedir que ela se propague”, disse Matega, após participar 15ª Reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), em Brasília.
Nesta quarta, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, usada como base para as metas do governo, apresentou variação de 0,47% março – taxa inferior à registrada no mês anterior, de 0,60%.
No acumulado dos últimos 12 meses, porém, a taxa de inflação é de 6,59%, acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central, que é de 6,5%. A última vez que o índice superou o teto da meta foi em dezembro de 2011, quando atingiu 6,64%.
Trajetória descendente
Mantega comemorou o fato de a inflação em março ter sido menor do que a registrada em fevereiro e janeiro. De acordo com ele, o Brasil tem hoje “uma trajetória de redução da inflação.” O ministro disse, porém, que o governo está “atento” ao aumento de preços.
“Nós estamos atentos à inflação porque ela é prejudicial a toda a economia brasileira. Prejudicial aos trabalhadores, que pagam produtos mais caros, aos empresários, que têm dificuldade de calcular custos e viabilizar os seus projetos. Mas a boa notícia é que a inflação de março foi menor do que fevereiro e janeiro”, disse.
De acordo com Mantega, a inflação no país “vai continuar nessa trajetória de desaceleração” ao longo de 2013. Ele apontou que o aumento no preço dos alimentos continua pressionando a inflação no país e foi o principal fator que impediu que o IPCA de março fosse menor que os 0,47% registrados pelo IBGE.
Segundo o ministro, a alta nos alimentos é resultado de período de entressafra e de problemas causados pelas chuvas. Ele afirmou, porém, que essa situação deve melhorar nas próximas semanas com o começo das safras agrícolas e melhoria do regime de chuvas.
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