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Politica Brasil
Quarta - 18 de Abril de 2007 às 15:56

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A pedido de seu partido, o PPS, a deputada federal e inspetora licenciada da Polícia Civil do Rio de Janeiro Marina Maggessi deverá marcar até a próxima sexta-feira (20) uma entrevista coletiva para esclarecer como financiou sua campanha.

De acordo com investigações da Polícia Federal, ela teria recebido ajuda financeira do bicheiro Aílton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães. A PF também investiga a participação de Marina na máfia dos caça-níqueis.

Em Brasília, o presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT -SP), informou que o caso de Marina Maggessi já foi enviado à Corregedoria da Casa.

Outro lado

Em sua defesa, a deputada afirma que teve como patrona de campanha a candidata ao governo do estado, Denise Frossard. Juíza aposentada, Frossard foi responsável pela prisão dos principais bicheiros do Rio, há 14 anos.

“Isso é um absurdo. Entrei para a política pelas mãos de Denise Frossard. Como é que o bicheiro que foi preso por ela, iria bancar a minha campanha? Isso, por si só já seria um absurdo. Se tivesse um bicheiro me financiando, não teria feito uma campanha pobre como foi a minha. O material de campanha só ficou pronto no dia 1º de setembro, e até o comitê que usei era numa sala emprestada”, explicou a deputada.

Segundo Marina Maggessi, sua campanha custou R$ 69 mil. Ela recebeu financiamento de R$ 30 mil da Klabin, R$ 30 mil da empresa de segurança de um amigo, R$ 8 mil de seu irmão e R$ 1 mil da amiga Luciana Moraes, parente do compositor Vinícius de Moraes.

De licença médica por causa de uma otite, a deputada diz não entender porque seu nome está sendo relacionado ao do ex-chefe de Polícia Civil Álvaro Lins, investigado pela PF por suposto envolvimento com a máfia dos caça-níqueis.

Marina Maggessi foi inspetora da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) durante a chefia de Lins, sendo umas das responsáveis pela prisão do traficante Elias Maluco.

“Estão tentando me ligar à investigação do Álvaro Lins de qualquer jeito. Sou amiga do Helinho - inspetor preso acusado de integrar a máfia dos caça-níqueis – e vou continuar sendo. A Polícia Federal todo dia solta na imprensa um trecho de alguma conversa que tive com amigos ou policiais. Mas não diz o que tem contra mim, que crime eu cometi. Agora, decidiram vincular meu nome ao do bicheiro Capitão Guimarães. Só que na escuta divulgada, não há nada que prove isso. Quero explicações da Polícia Federal, quero saber do que me acusam”, disse Marina, ressaltando que os trechos das gravações estão sendo divulgados fora de contexto.





Fonte: G1

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