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Politica Brasil
Quarta - 18 de Abril de 2007 às 12:07

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Os 24 deputados estaduais vão estar nesta manhã com o governador Blairo Maggi (PR) em reunião no Palácio Paiaguás. Em pauta, o impasse envolvendo a proposta de melhoria salarial na Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. Ontem, o governo enviou um ofício à Assembléia Legislativa solicitando a retirada de pauta e devolução ao Executivo das três mensagens de sua autoria que tratam de salários e promoções na PM e Bombeiros.

Por telefone esta manhã, o deputado Dilceu Dal Bosco (DEM) informou que a proposta do governo recebeu uma série de emendas e que não foram aceitas em boa parte pelo governo. A sessão manutina de hoje na AL será aberta e depois fechada para que os deputados se reúnam com Maggi. Para Bosco causou estranheza a posição do governo em retirar as mensagens de pauta: “Nos causa estranheza. Primeiro ele envia para a Assembléia, depois nós discutimos com a categoria, levamos as reivindicações e ele retira. Ora isso deveria ter sido feito antes. Cria-se uma expectativa de que iria votar, se mobiliza a categoria aí o governo retira os projetos. Isso desgasta a Assembléia, o governo e a categoria. É importante corrigir os percursos para que isso não volte a ocorrer”, disparou.

O parlamentar confirmou que os praças da PM (militares com patentes de soldados, cabos, sargentes e sub-tenentes) não descartam a hipótese de um aquartelamento a partir de hoje. "Não existe uma segunda chance", disse ontem a presidente da Associação das Famílias Milicianas da Baixada Cuiabana.

As mensagens são: a Mensagens 5A/07 que fixa o subsídio dos Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Mato Grosso, 5B/07 fixa o efetivo do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Mato Grosso, e dá outras providências e 5C/07 que fixa o efetivo da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso, e dá outras providências. Elas foram protocoladas na AL em seis de março último e as duas primeiras receberam substitutivo integral.

Concurso de sargentos e aumento dos salários dos praças é que está emperrando as negociações. O salário inicial dos praças (soldados) mato-grossenses é de R$ 1,114 mil. Já de um aspirante a oficial, a remuneração alcança R$ 2,787 mil e de um coronel, posto máximo da PM, o salário é de R$ 9,6 mil. Liberado o aumento, o impacto na folha seria de algo em torno de R$ 8 milhões, segundo o deputado Mauro Savi (PR), líder do governo na Assembléia Legislativa.

A decisão do governo em recuar na votação das mensagens dividiu opiniões entre os parlamentares. Zé Carlos do Pátio (PMDB) disse que considera a atitude do governo como uma abertura de negociações que podem culminar com um substitutivo integral às três matérias em tramitação.

Para ele, “a decisão demonstra que está numa nova fase de relacionamento com a Assembléia Legislativa. Está querendo debater mais e até acatando outras reivindicações da categoria apresentadas em emendas parlamentares”, disse. Pátio afirmou ainda que essa nova forma de relacionamento também se dá com as bancadas: “Ele está chamando as bancadas para debater projetos e adotando uma forma mais democrática de definir as coisas”, afirmou.

A representante da Família Miliciana de Alta Floresta, Joelma Aparecida da Silva comemorou. Segundo ela, “para aprovar do jeito que veio do governo é melhor que seja retirado de pauta. Queremos discutir melhor. Se o projeto fosse aprovado sem alterações, sem as emendas propostas pelos deputados não haveria as promoções agora em 21 de abril, então não tem porque não esperar para discutir melhor e contemplar as duas categorias (praças e oficiais). Ela se referia ao texto original que contemplava a questão salarial esperada pelos oficiais, mas não aos praças que requerem prioridade nas promoções.





Fonte: Midia News

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