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Economia
Terça - 17 de Abril de 2007 às 01:34

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O Brasil participará com "pleno direito" da discussão técnica e econômica para a criação do Banco do Sul, informou na noite desta segunda-feira o ministro venezuelano das Finanças, Rodrigo Cabezas, na véspera da Cúpula Energética Sul-Americana, em Isla Margarita. "A Venezuela recebe com beneplácito a excelente notícia de que o Brasil vai se incorporar com pleno direito à discussão técnico-econômica sobre a formação do Banco do Sul", disse Cabezas.

O Brasil "tem toda a informação sobre até onde Argentina e Venezuela já avançaram, o Brasil tem todo o direito de argumentar sobre a estrutura financeira, organizacional, operativa, tecnológica e de objetivos do Banco", anunciou o ministro.

Cabezas disse que o Brasil participou como observador das três reuniões técnicas para a organização da plataforma tecnológica do Banco, que deve ter um "músculo financeiro" de US$ 15 a 20 bilhões. "O Brasil não chega pela porta de trás e ninguém quer que chegue pela porta de trás". Trata-se de um Banco de toda a América do Sul, "sem qualquer tipo de exclusão", destacou o ministro venezuelano. "Não devemos acentuar as dificuldades, mas sim o caráter transformador de uma nova arquitetura financeira regional".

Horas antes, Marco Aurélio Garcia, assessor para Assuntos Internacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, destacou que o Brasil só está interessado em participar do Banco do Sul se for convidado para elaborar seu projeto. "Não queremos apenas aderir a um projeto, queremos participar da formulação deste projeto", disse Garcia, referindo-se à proposta para a criação deste banco regional, lançada pelos presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e da Argentina, Néstor Kirchner. "Não vamos comer em um prato já feito, queremos ir à cozinha e participar da elaboração deste prato", disse Garcia.




Fonte: AFP

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