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Nacional
Segunda - 16 de Abril de 2007 às 19:54

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É lenta a retirada das 500 famílias de Sem-Terra que ontem invadiram uma área de 15 mil hectares que abrange os municípios de Papanduva, Três Barras e Canoinhas, no planalto norte de Santa Catarina. Após um impasse que durou até depois da meia-noite de ontem, os integrantes do MST aceitaram conversar com os militares que estão instalados na área, comprometendo-se a desocupar o espaço ao amanhecer. Até às 16h de hoje, alguns grupos de invasores ainda aguardavam os ônibus que viriam fazer o transporte das famílias.

A área, que pertence ao Exército, vem sendo reivindicada pelo MST desde a década de 60, quando 40 famílias foram expulsas do local. De acordo com os Sem-Terra, as questões de pagamento das indenizações se arrastam até hoje. "Queremos que o Governo Federal determine, se não toda, que pelo menos uma parte dessa terra possa ser usada para criar um assentamento e resgatar uma dívida de justiça com aquelas famílias", reivindica um dos coordenadores do MST no Estado, Lucídio Ravanello.

De acordo com seu relato, os militares faziam ameaças por alto-falantes e usavam equipamentos de som em volume máximo para aturdir os invasores. "Eles colocaram soldados de 10 em 10 metros e botaram cinco tanques a rodar em volta das barracas. Eu nunca tinha visto isso, nem em filme. Nós resolvemos sair em paz para evitar violência", explica. A senadora Ideli Salvatti (PT/SC) está intermediando as negociações e deverá ser recebida pelo Ministro da Defesa, Waldir Pires, esta semana.





Fonte: AE

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