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Cidades/Geral
Segunda - 16 de Abril de 2007 às 07:16
Por: Talita Ormond

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Aborto é a quarta maior causa de mortalidade materna em Mato Grosso. Infecção e hemorragia, que ocupam a segunda e terceira posição, respectivamente, também costumam ser causadas pela tentativa de interrupção da gravidez. Conforme dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), referentes a 2005, a hipertensão lidera o ranking, com 19 casos, seguido de infecções na gestação e pós-parto, com 11. Hemorragias levaram a cinco óbitos e abortos - entre espontâneo, legal e clandestino - a outros quatro.

O número de mortes ainda é pequeno se comparado à quantidade de procedimentos realizados no Estado. Conforme o sistema Tabwin/DataSus/Gesias, da Secretaria Estadual de Saúde (SES), 5,6 mil abortos foram registrados em Mato Grosso ano passado. Os dados são computados através do número de Autorizações de Internação Hospitalar (AIHs) enviadas pelos municípios.

Foram 2,7 mil mostras por curetagem (raspagem) em 65 municípios e outras 2,8 mil por esvaziamento (aspiração) em 66 cidades. Os dois procedimentos estão previstos por lei, desde que haja indicação de interrupção da gestação.

O secretário adjunto da SES, Victor Rodrigues, explica que as mortes ocorrem geralmente quando o procedimento é feito na clandestinidade.

A Superintendência de Atenção Integral à Saúde (Suais) está à frente do Comitê de Mortalidade Materna, a fim de reduzir esses números. Nesse sentido, o secretaria trabalha na capacitação de pessoal para atuar em centros obstétricos, para garantir orientação específica às mulheres grávidas com programa de educação sexual.

Além disso, o trabalho de prevenção tem se intensificado nos postos de saúde dos bairros, através do abastecimento de pílulas do dia seguinte junto à distribuição gratuita de preservativos masculino e feminino e pílulas anticoncepcionais.

Segundo Rodrigues, a SES é responsável pela fiscalização das unidades de saúde do Estado e, em caso de constatação de procedimentos que descumprem a legislação, a Vigilância Sanitária deve acionar a Polícia Federal. "Qualquer estabelecimento de saúde que atende abortos é clandestino". O cumprimento do código de ética médica deve ser fiscalizado pelo Conselho Regional de Medicina (CRM).





Fonte: Gazeta Digital

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