Advogado preso pela PF no RJ deu liminar a caça-níqueis
O desembargador José Eduardo Carreira Alvim, que concedeu liminar parecida na época em que era vice-presidente do Tribunal Regional Federal do Rio, também foi preso nesta sexta. A liminar acabou suspensa por um despacho do desembargador Frederico Gueiros, então presidente do TRF do Rio. Já a liminar do ministro Medina foi cassada por decisão da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ellen Gracie.
Na véspera da concessão da liminar por Medina, o grampo feito pela PF captou uma conversa do advogado representante dos bingos, Sérgio Luzio Marques de Araújo, também preso, com Virgílio Medina. Na gravação da PF, o irmão do ministro aparece negociando a concessão da liminar em troca de dinheiro.
A PF e a Procuradoria da República, na época, não sabiam até que ponto Virgílio falava realmente em nome de seu irmão. Mas o surgimento do nome de um possível ministro do STJ fez com que o caso, que até então tramitava pela 6.ª Vara Federal Criminal do Rio, fosse encaminhado para o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza.
Foi Souza quem então levou a investigação para o STF, onde por sorteio ela caiu nas mãos do ministro Cezar Peluso, que determinou as 25 prisões e os 70 mandados de busca e apreensão realizados hoje.

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