Prado diz que MT não pode mais suportar desvio de recursos e ''desmandos''
“O Ministério Público não é apêndice do Executivo. É preciso romper barreiras e dar um basta (aos escândalos)”, discursou. O procurador-geral também citou a ocorrência de esquemas de licitações fajutas e superfaturadas e, na seqüência, propôs um pacto para moralização. “É preciso deixar os gabinetes e toda a blindagem”. O procurador tentou demonstrar que o Ministério Público está “aberto ao Executivo, à Assembléia Legislativa, ao Judiciário, e também aos deficientes e idosos, entre outros, com o propósito de ouvir e ser ouvido”.
Sobre o primeiro período em que comandou o MP, Prado disse ter racionalizado os gastos para modernizar a máquina e valorizar o profissional. “Temos o valoroso apoio do governador Blairo Maggi (PR), que é sensível à nossa causa e assume publicamente a necessidade de elevar o orçamento do Ministério Público”, disse, mencionando os feitos do primeiro mandato, entre eles, a melhoria salarial da categoria, a instalação de novas promotorias e o aparelhamento do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco). “Senhor Maggi, temos colocado em prática nossos projetos com o menor orçamento de todos os poderes e instituições, exceto a Defensoria Pública”, pontuou.
Antes do início da solenidade, o governador Blairo Maggi (PR) afirmou que “o Ministério Público precisa ter recomposição (na proposta orçamentária) para atingir o nível do Tribunal de Justiça”. Contudo, Maggi lembrou que o aumento do duodécimo depende do desempenho econômico de Mato Grosso. Com uma receita estimada em R$ 5,3 bilhões, o Estado deve repassar cerca de R$ 138 milhões ao Ministério Público em 2007, conforme a Lei Orçamentária Anual, aprovada pelos deputados estaduais em dezembro.
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