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Nacional
Quarta - 11 de Abril de 2007 às 17:42

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou o evento de assinatura de contrato para a construção de nove navios no estaleiro Sermetal, no Rio, para defender a postura do seu governo de ter buscado outros parceiros internacionais e não ficar somente na dependência do mercado americano e europeu para as exportações dos produtos nacionais.

"Todo mundo fica pensando que é bom ser amigo dos Estados Unidos ou da Europa para que eles comprem tudo de nós. Mas do mesmo jeito que pensamos isso, existem muitos outros que pensam da mesma maneira e a competitividade aumenta. É preciso buscar outros mercados. Isso é como se fosse uma relação de namorados. Se ela ou ele não querem a gente, não adianta ficar chorando, é só ir buscar em outro canto que tem quem queira a gente. Foi isso que o Brasil fez, indo buscar espaço para vender para a China e mais recentemente recuperando as relações com a África, continente para o qual nunca deveríamos ter dados as costas", disse.

Lula também aproveitou a ocasião para fazer críticas à postura de inferioridade que o País adotou no passado com relação à política externa. "Eu me lembro de um negociador da dívida externa brasileira que me dizia que 'era uma vergonha' porque o Brasil chegava lá de cabeça baixa, falavam grosso com a gente e não tínhamos coragem de reagir. Me lembro da primeira vez que fui ao G8 e, como vocês sabem, não falo nenhuma língua, falo muito mal o português, e em dado momento chegou um dirigente. Todos se levantaram e eu fiquei sentado. Me perguntaram e eu disse: ninguém se levantou quando cheguei; eu também não me levanto. Isso porque a subserviência é o pior para qualquer pessoa. Subserviência não é bom para uma relação de pai para filho, nem marido e mulher, e muito menos para uma relação entre nações. Não quero que o Brasil seja melhor ou pior. Quero que seja tratado de igual para igual. Com respeito vamos tratar os Estados Unidos, o Paraguai, a Bolívia ou qualquer outro país", disse.





Fonte: AE

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